A cor de cada um
Carlos Drummond de Andrade
RESENHA

A cor de cada um, novo título de Carlos Drummond de Andrade, traz à tona a essência do que somos e do que nos rodeia. É uma viagem poética e profunda que instiga múltiplas emoções, um convite a mergulhar em reflexões sobre a diversidade e a individualidade, onde cada um possui sua própria tonalidade, sua própria história. O leitor é transportado a um mundo onde as cores vão além do visual; são vivências, experiências e sentimentos que nos conectam ou nos afastam.
Drummond, um dos maiores poetas da língua portuguesa, nunca se afastou da sua missão de provocar. Nessa obra, ele veste seu manto de sabedoria e nos instiga a olharmos além da pele, das palavras e das aparências. A "cor" é mais do que uma questão estética; é um grito pela aceitação, é uma ode à nossa complexidade. Ao longo das páginas, ele nos ensina a reconhecer que a beleza da vida está nas diferenças que nos definem.
Os leitores têm dividido opiniões sobre a obra. Alguns sentem que a linguagem do mestre é um refresco suave, enquanto outros se veem emaranhados em sua densidade. "É como se cada verso fosse uma pincelada em uma tela ainda em construção", comenta um admirador. Já uma voz dissonante lamenta: "Em certos momentos, senti que perdi o fio da meada". O que todos concordam, no entanto, é que este não é um livro que se lê sem sentir.
A contextualização na obra de Drummond é fundamental, especialmente quando lembramos que ele vivenciou momentos de grande turbulência política e social no Brasil. O autor, nascido em 1902, viu sua terra natal passar por revoluções, guerras e mudanças que moldaram a identidade nacional. Cada capítulo de A cor de cada um reflete isso, sendo um espelho das vivências sofridas e celebradas.
Entre as reações, a emoção mais forte é a ideia de acolhimento. O livro se transforma em um espaço seguro, onde cada leitor se sente acolhido e incentivado a expressar seu próprio "eu". A mensagem de Drummond é clara: todos temos um lugar no mundo, independentemente de cor, raça ou história. Ele nos faz lembrar que somos partes de um todo vibrante, um mosaico em constante formação.
Estamos diante de uma obra que desafia normas e provoca discussões, uma peça que se encaixa na luta por igualdade e respeito. Drummond, com sua maestria, nos curva para a fragilidade da condição humana e nos força a refletir sobre nosso papel na construção de um futuro mais harmônico. E aqui reside a genialidade do autor: ele nos empodera com palavras, nos convidando a gritar nossas cores mais vibrantes.
A cada página, A cor de cada um nos remete a um despertar. Ter a chance de cruzar os caminhos de Drummond é um presente que o leitor não pode ignorar. Desfrutar de suas palavras é um convite ao autoconhecimento, à transformação e à celebração. 🖌 É um chamado à ação, um lembrete de que as cores da vida não devem ser diluídas na monotonia; elas devem brilhar, provocar e, acima de tudo, unir.
📖 A cor de cada um
✍ by Carlos Drummond de Andrade
🧾 83 páginas
2022
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