A dor da recaída...
Será que sou ALCOÓLATRA? Vivia para beber ... Bebia para viver ...
Raimundo Pereira Campos
RESENHA

A dor da recaída...: Será que sou ALCOÓLATRA? não é apenas uma simples leitura; é um desabrochar de emoções cruas, um mergulho profundo em um abismo que muitos tentam evitar. O autor, Raimundo Pereira Campos, traz à tona experiências que pulsão e grito, revelando o cotidiano devastador de um dependente e os labirintos insondáveis que a mente atravessa na busca por respostas e, muitas vezes, por conforto.
Neste livro, a bebida não é apenas uma escolha; torna-se um personagem. É a amiga traiçoeira que promete alívio, mas que, em contrapartida, consome e destrói. Raimundo compartilha com o leitor suas batalhas internas e as barreiras que enfrenta na busca por redenção, fazendo com que cada página balanceie entre a esperança e a ruína. 🙁
A narração é visceral. Você consegue sentir cada gole, cada promissora recaída, como se estivesse vivendo ao lado do autor. Você não é apenas um observador; você está em meio a essa luta, sem saber se deve estender a mão ou recuar. As emoções vão de um estado de empolgação ao desespero, criando um turbilhão que deixa os leitores sem fôlego.
Não se engane. Este não é um relato de autoajuda superficial; é um grito de alerta de um homem que vive de forma intensa e real os dilemas da dependência. O leitor se vê convocado a refletir: o que significa realmente viver? Quando a rotina se torna uma prisão? A conexão que Raimundo estabelece com seus leitores ressoa fortemente - é doloroso, mas também profundamente humano.
É intrigante como a questão do alcoolismo ainda é envolta em tabus. Muitos se perguntam, em sussurros: "Seria eu um alcoólatra?" A obra provoca essa inquietação, rompendo o silêncio e desafiando os leitores a confrontar seus próprios medos e inseguranças. O autor não omite a vergonha, a tristeza e o desespero que os dependentes enfrentam. Ele torna tudo tão palpável que a dor se torna sua - a recaída não é apenas uma falha; é um retorno a um ciclo que escraviza.
As reações dos leitores não se fazem em silêncio. Muitos comentam que a narrativa é intensa e crua, evocando emoções que vão da compaixão à raiva. Alguns afirmam que o livro os fez refletir sobre suas próprias vidas e relacionamentos, enquanto outros reconhecem sua importância na discussão sobre dependência e recuperação. É um divisor de águas, um chamado à ação e ao entendimento.
A obra de Raimundo Pereira Campos não é uma simples leitura agradável. É um convite a olhar de frente para os fantasmas que muitos preferem enterrar. Em tempos onde discutir sobre saúde mental e dependências ainda é um tabu, A dor da recaída... desponta como um farol. Você vai querer ler, reler, compartilhar e, quem sabe, procurar ajuda ou oferecer apoio a quem precisa. Uma obra que não deve ser apenas lida, mas sentida, absorvida e, finalmente, discutida. 🌊
📖 A dor da recaída...: Será que sou ALCOÓLATRA? Vivia para beber ... Bebia para viver ...
✍ by Raimundo Pereira Campos
🧾 146 páginas
2016
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