A Língua Mundial. Tradução e Dominação
Pascale Casanova
RESENHA

A complexidade das línguas e o poder por trás delas são mais do que meras questões de comunicação; são pilares fundamentais da dominação cultural e política. A Língua Mundial: Tradução e Dominação, de Pascale Casanova, se revela uma obra provocativa que nos convida a explorar as intersecções entre idioma e poder, desnudando verdades incômodas que moldam a percepção global. Este livro não é só uma análise; é um verdadeiro manifesto sobre como a língua não apenas comunica, mas também silencia e subverte.
Casanova, uma renomada autora e acadêmica, penetra as camadas da linguagem, iluminando como certas línguas se estabelecem como universais em detrimento de outras, criando uma hierarquia que favorece a dominação do conhecimento e da cultura. O texto nos força a refletir: quem realmente detém o poder de traduzir? Aqui, a tradução se torna uma arma, capaz de forjar identidades e, ao mesmo tempo, apagar a diversidade lingüística que deveria ser celebrada.
Os comentários de leitores rendidos à obra revelam uma gama de reações emocionais, indo da curiosidade à indignação. "É um tapa na cara da nossa percepção sobre o que significa 'globalização'" comenta um leitor, enquanto outro menciona a habilidade da autora em provocar uma crítica feroz através de uma prosa cativante. Essa combinação de crítica e acessibilidade é o que torna Casanova uma voz imprescindível no debate sobre linguística e política.
Por um lado, há aqueles que temem o domínio de línguas como o inglês, que se consolidam como verdadeiras balas na guerra cultural contemporânea. Os detratores desses pontos podem argumentar que a obra ignora as nuances das interações lingüísticas e a fluidez das culturas. No entanto, as questões levantadas por Casanova não são apenas relevantes; elas se tornam um chamado à ação para aqueles que desejam entender o papel que a linguagem desempenha nas desigualdades sociais e culturais.
Além disso, a autora discorre sobre a história e a política que moldaram a difusão das línguas, abrindo um leque de questionamentos sobre o que é ser global. O livro não só disseca o passado, mas provoca uma urgência de reflexão sobre o futuro da comunicação humana, onde quem não domina uma língua hegemônica pode sentir-se à margem, desprovido de voz e, consequentemente, de poder.
O leitor, ao se engajar com A Língua Mundial, não pode evitar a sensação de estar na linha de frente de uma batalha intelectual; uma guerra em que palavras são armas e o silêncio pode ser a vitória dos dominantes. Prepare-se para uma visão que não só ilumina, mas também choca, ao expor os mecanismos sutis que tornam a língua um elemento crucial na luta pela justiça social e igualdade cultural.
A obra de Casanova, longe de ser apenas acadêmica, transforma-se em um hino apaixonado pela diversidade e pela resistência. Ao terminar essa leitura, você será convocado a reconsiderar seu próprio lugar dentro desse labirinto de linguagens, e talvez, por um momento, sinta-se parte de uma revolução silenciosa. 🌍✊️
📖 A Língua Mundial. Tradução e Dominação
✍ by Pascale Casanova
🧾 142 páginas
2020
#lingua #mundial #traducao #dominacao #pascale #casanova #PascaleCasanova