Absurdo pós-moderno
Metaficção em Waiting for Godot, Happy Days e Endgame de Samuel Beckett
Zehra Gündar
RESENHA

Absurdo pós-moderno: Metaficção em Waiting for Godot, Happy Days e Endgame de Samuel Beckett é um convite provocador para uma viagem às entranhas do teatro existencialista. A obra da acadêmica Zehra Gündar destrincha com maestria três grandes peças de Samuel Beckett, imortalizando a complexidade da condição humana em um universo onde a lógica parece escorregar pelas frestas do absurdo. Para quem abre o livro, há uma urgência em compreender os labirintos da mente, envolvidos por uma atmosfera de metaficção que se revela tanto estimulante quanto inquietante.
Neste compêndio, Gündar tece uma análise perspicaz sobre a eficácia do absurdo em Waiting for Godot, Happy Days e Endgame, revelando uma linha tênue entre o humor e o desespero. Ao longo das páginas, somos lançados em um mar de interrogações que não busca respostas definitivas, mas provoca a reflexão. Como reagir diante de uma existência que parece estar presa em um ciclo interminável de espera e repetição? O que significa realmente viver em meio a uma espera que nunca se concretiza? Essas questões pairam no ar como fantasmas, arrebatando o leitor e desnudando o nosso próprio sentido de espera na vida.
Com uma abordagem acadêmica e apaixonante, Gündar não apenas analisa as ferramentas literárias de Beckett, mas também contextualiza seu trabalho dentro de um cenário pós-moderno tumultuado, onde as certezas se dissolvem e as estruturas tradicionais se desmoronam. Ao fazer isso, ela apresenta não apenas um estudo sobre a metaficção, mas também um entendimento sobre os ecos do desespero humano, ressoando profundamente em tempos de crises existenciais como muitos de nós vivemos atualmente.
Os leitores têm respondido com entusiasmo à obra. Muitos elogiam Gündar por seu olhar crítico e a forma como consegue transformar o denso material beckettiano em algo acessível e instigante. Contudo, há também críticas que apontam para uma certa complexidade na organização dos argumentos, que pode deixar os menos familiarizados com o tema um pouco perdidos. Essa ambiguidade é, talvez, um reflexo da própria obra de Beckett: um convite ao desconforto, uma necessidade de confrontar o que está oculto nos escuros corredores do nosso ser.
Se você se vê em uma vida repleta de questionamentos, Absurdo pós-moderno pode ser o farol que ilumina sua jornada pelo desconhecido. É mais do que uma análise; é um grito visceral que nos faz querer mergulhar de cabeça nos textos de Beckett e, quem sabe, encontrar fragmentos de nós mesmos em sua escrita crua e honesta. É uma obrigação moral conhecer essa obra. Não deixe que os ecos do absurdo se calem na sua vida.
📖 Absurdo pós-moderno: Metaficção em Waiting for Godot, Happy Days e Endgame de Samuel Beckett
✍ by Zehra Gündar
🧾 76 páginas
2021
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