ANGOLANO
ANGOLANO Solidão interna de um delinquente
Edgardilino Francisco
RESENHA

ANGOLANO: Solidão interna de um delinquente é uma obra que te conduz por um labirinto obscuro da psique humana, revelando os ecos de uma solidão que ecoa não apenas na vida do protagonista, mas em todas as almas que se sentem apartadas da sociedade. Edgardilino Francisco nos entrega, em suas 31 páginas, um mergulho visceral na vida de um delinquente angolano, um personagem que não é apenas um criminoso, mas um reflexo de um sistema que falha em abraçar as fragilidades de seus indivíduos.
A narrativa, intimista e profunda, arrasta o leitor para o âmago da tristeza e da desesperança. É como se você estivesse no lugar do protagonista, sentindo cada golpe da vida que o levou à marginalização. Cada palavra é um punhal que fere a compreensão da sociedade sobre crime e punição, levando-nos a questionar: o que realmente significa ser "delinquente"? A solidão aqui é um personagem em si; está presente em cada esquina escura e em cada olhar perdido, uma sombra que se torna mais opressiva a cada página virada.
O autor não tem medo de expor a crueza da realidade, desnudando as feridas abertas que a sociedade tenta esconder sob o tapete da indiferença. É um chamado para que olhemos para o próximo com mais empatia, um grito de desespero que reverbera, mostrando que a delinquência não é apenas uma escolha, mas muitas vezes uma resposta a um ambiente hostil e desumano. A solidão do protagonista não é apenas interna; ela nos é imposta como um reflexo coletivo de todos que passam pela vida sem um abraço, sem um afeto, sem um sorriso.
Os leitores desse livro têm se mostrado impactados pela forma crua e honesta como Edgardilino apresenta a vida de seu personagem. Há quem critique a falta de esperança na narrativa, mas, talvez, essa dureza seja exatamente o que precisamos encarar de frente. A obra não é uma simples história; é um espelho do que ignoramos. Leitores relatam que a leitura os deixou em um estado de reflexão profunda, confrontando-os com suas próprias concepções sobre a criminalidade e a condição humana.
Ao final da leitura, a pergunta que fica é: como podemos transformar essa solidão em algo mais construtivo? Essa obra, ao mesmo tempo poderosa e angustiante, nos obriga a enxergar o outro com um olhar mais humano, desafiando a superficialidade com que muitas vezes julgamos os semelhantes. É uma experiência que ecoa, que te toca a alma e que ressoa muito tempo após o ponto final.
Se você ainda não se permitiu a essa viagem emocional, está perdendo uma oportunidade de um despertar. ANGOLANO: Solidão interna de um delinquente não é apenas uma obra; é um manifesto silencioso sobre a importância da solidariedade e da compreensão. Na busca por um entendimento mais profundo do ser humano, essa leitura é uma porta que se abre para novas reflexões e um convite a olhar além das aparências. Não fique de fora dessa experiência transformadora.
📖 ANGOLANO : Solidão interna de um delinquente
✍ by Edgardilino Francisco
🧾 31 páginas
2022
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