ANTIQUARIO, O
MARIO AUGUSTO POOL
RESENHA

A arte do colecionismo transforma a história em um jogo de peças raras, onde cada item carrega memórias e narrativas pungentes. O Antiquário, de Mario Augusto Pool, não é meramente um livro; é um convite para mergulhar em um universo riquíssimo que desvenda as intricadas relações entre passado e presente, por meio do olhar atento do protagonista e seu amor inabalável pelas coisas que parecem esquecidas. É uma jornada que não só resgata objetos, mas também o que há de mais profundo dentro de nós: a memória.
A obra apresenta um antiquário cujas prateleiras são um verdadeiro laboratório de almas. Cada objeto ali empoeirado revela segredos, histórias que clamam para serem ouvidas. É nesse cenário que Pool nos provoca a refletir: quantas memórias nos cercam? ✨️ Na contemporaneidade apressada, muitas vezes ignoramos as relíquias que nos representam, e o autor é perspicaz ao nos lembrar que, por trás de cada objeto abandonado, existe uma história vibrante e, por que não, um pedaço das nossas próprias vivências.
Os leitores, ao navegarem por suas páginas, frequentemente se veem envolvidos em debates acalorados sobre a relevância do passado. Muitas opiniões apontam que o livro é uma crítica social à forma como consumimos e preservamos a memória. "Um dos melhores livros que já li sobre colecionismo!", exclamou um deles, enquanto outro se destacou: "Mais do que um romance, é uma ode ao que esquecemos". As vozes são variadas, mas a essência é única: Pool tem o poder de instigar.
Mas não se engane; O Antiquário vai além das reflexões superficiais. O autor pinça as emoções de seus personagens com a destreza de um artista, esculpindo suas histórias de forma intrigante, e, ao fazê-lo, clama para que as suas próprias histórias sejam lembradas e valorizadas. Porque, afinal, o antiquário não se resume a objetos sem vida; é um pulsar intenso de lembranças que cruzam gerações.
A narrativa, rica em detalhes e sensibilidade, tece uma crônica moderna que questiona a busca da felicidade nas coisas materiais e nos relacionamentos efêmeros. Ao ler, você pode sentir a nostalgia dos relógios que pararam no tempo, do porcelanato lascado de uma taça que já foi esplêndida. Pool nos conduz por um labirinto emocional de amor e perda, revelando um universo que nos toca no âmago da alma.
Em tempos de fast fashion e descartabilidade, O Antiquário é um grito por conexão. Uma solicitação ardente para que não deixemos que o nosso passado morra como os objetos acumulados no canto de um quarto escuro. Esta não é apenas uma reflexão sobre colecionismo, mas um chamado para valorizarmos as narrativas que moldaram nossa identidade individual e coletiva. Ao absorver cada página, você não apenas entende a história dos objetos, mas também se descobre em cada um deles.
Então, permita-se ser tocado por esta obra que vai ecoar em sua mente muito tempo após a última página. O Antiquário é uma explosão de emoção e sabedoria, um traço indelével que nos ensina a resgatar e preservar o que é essencial em nossas vidas; porque, no fundo, somos todos colecionadores de memórias. 🌌
📖 ANTIQUARIO, O
✍ by MARIO AUGUSTO POOL
🧾 200 páginas
2022
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