As garotas que eu fui
Tess Sharpe
RESENHA

As garotas que eu fui é uma obra que atravessa a pele, entra na mente e não permite que você a abandone antes de finalizar cada página. Esse livro de Tess Sharpe não é apenas mais uma narrativa sobre amadurecimento; é uma odisséia interna que convoca cada leitor a desvendar suas próprias camadas de identidade, traumas e realizações. Ao longo de 383 páginas, a autora explora temas como amizade, autodescobrimento e a pressão social que pairs sobre adolescentes, especialmente as garotas.
Ao mergulhar na história, você se verá compartilhando os dilemas de sua protagonista, que se vê confrontada com as variadas facetas de quem foi e quem pode se tornar. Cada "garota" que ela representa é como um espelho que reflete suas lutas internas, seus anseios e suas transformações. É nesse vai e vem de identidades que a mágica do livro se revela: uma viagem que provoca risos, lágrimas e até mesmo aquele desconforto necessário para reavaliar sua própria existência.
Os comentários de leitores evidenciam o impacto emocional da obra. Muitos se sentiram profundamente conectados à jornada da protagonista, compartilhando experiências que vão além da ficção. Críticas também surgiram, com algumas vozes questionando a densidade de certos temas e a maneira como a autora aborda a adolescência contemporânea. Contudo, essa controvérsia apenas alimenta a importância do diálogo gerado pela narrativa. Afinal, quando falamos de temas como identidade e aceitação, estamos falando de algo que toca a todos nós.
Tess Sharpe, percebendo o momento histórico em que escrevia, aborda questões urgentes, como a representação feminina e a luta contra estigmas sociais que ainda perpassam a juventude. O cenário contemporâneo, repleto de incertezas e desafios, se torna o pano de fundo para uma história que não permite qualquer forma de superficialidade. É uma jornada que clama por empatia e entendimento, levando o leitor a refletir sobre suas próprias vivências e preconceitos.
Ao longo do livro, cada interação se torna um convite à reflexão. As amizades se solidificam na adversidade, e as traições se tornam lições dolorosas, mas necessárias. Em última análise, As garotas que eu fui não é apenas sobre as experiências de uma jovem mulher, mas sobre todas nós - homens e mulheres - que buscamos compreender as complexidades do ser humano.
Se você ainda não leu essa obra, está perdendo a chance de expandir seus horizontes e se questionar. Este livro é um grito por autenticidade, um clamor para que abracemos não só nossas vitórias, mas também nossas fraquezas. Não se trata de ser perfeito; trata-se de ser verdadeiro. Portanto, não hesite em se jogar nessa leitura que pode, verdadeiramente, mudar sua forma de ver a si mesmo e os outros. É uma experiência transformadora, uma necessidade visceral no mundo contemporâneo.
📖 As garotas que eu fui
✍ by Tess Sharpe
🧾 383 páginas
2022
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