Avarento, o - Serie Reviver - 1
Moliere
RESENHA

Avarento, O é um verdadeiro festim de egos, hipocrisia e a insaciável ganância humana, um retrato vívido das fraquezas que habitam o coração da sociedade. Molière, o gênio do teatro francês do século XVII, prova mais uma vez por que é considerado um dos mestres da comédia. Ao abrir as páginas desta obra, você é rapidamente transportado para o universo de Harpagon, um homem tão obcecado pelo dinheiro que se torna cômico e trágico numa só medida.
Harpagon vive em um mundo onde a avareza é a sua única religião. O seu amor pelo dinheiro não conhece limites, e as suas interações com os demais personagens revelam uma estrutura social profundamente corroída. A cada cena, somos arrastados para um embate hilariante entre a busca desesperada por riqueza e a necessidade humana por amor e conexão. Você já sentiu que o materialismo pode destruir laços familiares? Harpagon vive isso em sua essência mais crua, tratando até mesmo seus próprios filhos como meros instrumentos de enriquecimento.
Molière, com sua ironia mordaz, não para por aí. Ele tece uma crítica social que transcende seu tempo, dialogando com os valores contemporâneos. Em uma sociedade onde tantos ainda pensam que o dinheiro é a fonte da felicidade, este texto te chacoalha e te faz refletir: realmente vale a pena sacrificar tudo - até o amor - em troca de especulação financeira? Não, não é só uma comédia; é um convite à reflexão.
Os leitores, em sua maioria, ressoam com a maestria das palavras de Molière. A peça provoca risadas, mas também provoca um desconforto que é necessário. Comentários sobre a obra destacam a habilidade do autor em fazer rir enquanto expõe uma crueza que pode ferir. Há quem diga que o avarento é um espelho de alguns aspectos de sua própria vida, revelando as inseguranças e os excessos que todos nós podemos carregar.
A obra não apenas retrata um tipo de avareza, mas também ecoa em seus diálogos e situações a avareza da sociedade moderna, onde se valoriza o ter em detrimento do ser. Através de Harpagon, Molière nos confronta: até onde você iria por dinheiro? Ao final, fica a sugestão de que a verdadeira riqueza não está acumulada em cifras, mas em relações e experiências que nos tornam humanos, e não meros avarentos.
Então, ao fechar o livro, venho te perguntar: o que você prefere? Uma vida cheia de tesouros materiais, mas vazia de afeto e amizade, ou uma vida rica em laços humanos, mesmo que isso signifique renunciar a um ou outro centavo? Avarento, O não é apenas uma obra clássica, é um alerta atemporal sobre as armadilhas da avareza. Você está pronto para ouvir o que Molière tem a dizer?
📖 Avarento, o - Serie Reviver - 1
✍ by Moliere
🧾 80 páginas
2004
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