Batuque é um privilégio
Oscar Bolão
RESENHA

Batuque é um privilégio não é apenas um título; é uma explosão na mente e no coração de quem se atreve a folhear suas páginas. Escrito por Oscar Bolão, essa obra oferece uma imersão no vibrante universo da música e da cultura afro-brasileira, enquadrando-se como um manifesto que ecoa nas entranhas de nossa sociedade. Em tempos de polarização e busca por identidade, Bolão nos convida a dançar na linha tênue entre a tradição e a modernidade, entre o sagrado e o profano.
Com uma prosa que pulsa como um batuque, o autor destila sua paixão pela cultura brasileira, propondo uma reflexão profunda sobre o papel da música na construção da nossa identidade. O batuque, uma expressão musical profundamente enraizada nas tradições afro-brasileiras, transforma-se em símbolo de resistência e liberdade, ressoando entre os mais diversos públicos. Cada batida é como um grito de libertação, um convite para abraçar a ancestralidade enquanto navegamos pelas águas turvas da contemporaneidade.
Os leitores se dividem em avaliações apaixonadas. Há aqueles que se encantam com a forma como Bolão articula suas ideias, chacoalhando a superfície da cultura popular com uma visão crítica e reveladora. Outros, no entanto, levantam a voz contra a falta de uma narrativa linear, questionando se estamos prontos para compreender essa dança de pensamentos e ritmos. O que fica claro é que Batuque é um privilégio não é um livro fácil. É como um samba-enredo que desafia a audiência a entrar na roda e se deixar levar. Afinal, quem disse que a vida seria uma linha reta?
Oscar Bolão, um artista envolto em ritmos e tradições, faz muito mais do que apenas descrever o batuque; ele o faz pulsar nas veias do leitor. Ele nos intima a reconhecer que o privilégio não está somente em tocar o tambor, mas em entender que cada batida carrega consigo um pedaço da nossa história coletiva, uma narrativa que se entrelaça com as lutas e vitórias de tantos. E essa é a verdadeira essência da obra: um chamado à união, à fraternidade e à celebração da diversidade que compõe o nosso Brasil.
Ao longo das páginas, o autor costura relatos, memórias e vivências que se entrelaçam, criando uma tapeçaria rica e complexa. O batuque não é penoso; é libertador! É uma celebração que te obriga a reavaliar a forma como você percebe não só a música, mas também a vida, a arte e a resistência cultural. Ele desafia a estrutura do convencional, levando o leitor a sentir, ouvir e, acima de tudo, participar.
A cada parágrafo, o leitor se vê não apenas lendo, mas vivenciando a experiência de um batuque ancestral que ecoa na modernidade. E, ao final, fica a indagação: até onde você está disposto a ir por um privilégio que é tão coletivo quanto individual? A obra de Bolão abre um campo de reflexão que se expande a cada novo olhar, cada nova escuta, cada novo batuque.
Se você ainda não se entregou a essa experiência transformadora, não espere mais. Batuque é um privilégio. E ele está a um passo de distância. O que você está esperando para entrar nessa roda? 🎶
📖 Batuque é um privilégio
✍ by Oscar Bolão
🧾 168 páginas
2020
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