Blasfêmia
Pathy dos Reis; Maria Carolina Passos
RESENHA

Blasfêmia é uma explosão de emoções e reflexões que abala até os mais sólidos conceitos que temos sobre os limites da liberdade de expressão. Escrita por Pathy dos Reis e Maria Carolina Passos, esta obra é um convite para mergulhar em um universo tumultuado, onde a provocação é a única linguagem que se espera de quem busca desafiar estigmas e convenções.
Assim como uma tempestade em um copo d'água, o livro levanta questões que muitos preferem ignorar. O dueto de autoras mistura passado e presente, conduzindo o leitor por entre dilemas éticos e morais, que têm ressonância forte em tempos de polarização e censura. Ao abrir as páginas de Blasfêmia, você se vê envolto por um redemoinho de ideias e narrativas que gritam por atenção, instigam a discussão e, acima de tudo, provocam reflexão.
O contexto em que a obra foi escrita é vital. Publicado em 2015, no Brasil, um país fervilhando de debates sociais, a obra toca em feridas abertas que se aprofundam ano após ano. É difícil não se sentir tocado, ou até mesmo desafiado, pela urgência dos temas abordados. O impacto da comunicação digital e o bombardeio de informações das redes sociais estão na essência deste trabalho, convocando os leitores a refletirem sobre a responsabilidade que cada um carrega ao se expressar.
Os leitores não hesitam em carregar suas opiniões sobre Blasfêmia. Enquanto alguns celebram a ousadia e a capacidade das autoras em abordar questões polêmicas, outros se sentem desconfortáveis com a maneira crua como certas verdades são expostas. É lícito sentir-se incomodado, mas não é aceitável ignorar o convite à reflexão que essa obra proporciona. Há críticas que a exaltam como uma lufada de ar fresco em uma literatura muitas vezes complacente, e outras que a consideram uma afronta a princípios mais conservadores. O que fica claro é que, independente do ponto de vista, a obra não deixa nenhum leitor indiferente.
A narrativa, embebida em emoção e intensidade, questiona não só nossa moral, mas também nossa resistência em aceitar novas perspectivas. Os personagens são curtos e impactantes, cada um deles carregando um peso que ressoa de forma especial com a multitudinária história do Brasil contemporâneo e suas contradições sociais. Eles são um eco da urgência do discurso: gritam sua verdade em um mundo que frequentemente tenta silenciá-los.
Ao se deparar com Blasfêmia, você não apenas lê; você é transportado para uma arena de debates acalorados, onde a arte de argumentar ultrapassa as barreiras do racional. As autoras, com maestria, tecem uma narrativa que não é meramente uma forma de entretenimento, mas um manifesto que faz o seu coração pulsar mais forte e sua mente fervilhar de questionamentos.
Em um cenário onde muitos se tornam omissos, esta obra é um grito: uma lembrança de que, em tempos de crise, a literatura deve ser o nosso combustível e a nossa espada. Ao encerrar a leitura, a sensação que fica é de que Blasfêmia é mais do que um livro. É um chamado à ação, uma demanda por uma sociedade mais crítica e menos conivente. Não se contente em saber apenas sobre a obra-mergulhe de cabeça nesta reflexão poderosa e não tema, pois a verdade, assim como a arte, deve ser liberta. 🌪
📖 Blasfêmia
✍ by Pathy dos Reis; Maria Carolina Passos
🧾 272 páginas
2015
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