Resumo de Casei com um comunista, de Philip Roth

Explore os dilemas de Nathan Zuckerman em Casei com um Comunista de Philip Roth: amor, ideologia e a complexidade das relações em um contexto político tenso.

Ah, Casei com um comunista! O título por si só é uma verdadeira declaração de intenções, não é mesmo? Imagine você, um judeu americano de classe média, se metendo em um casamento com um comunista. A primeira vez que escutei isso, pensei: "Isso vai dar mais pano para a manga do que uma fábrica de camisetas!" E realmente dá, meu amigo, dá!

O livro gira em torno de Nathan Zuckerman, um alter ego do próprio Roth, que se vê em uma situação nada confortável: ele se casou com a bela, mas polêmica Fleur, que tem um passado político mais conturbado que novela da televisão. A história se desenrola nos anos 50 e 60, uma época em que a Guerra Fria fazia com que qualquer um que olhasse torto para o comunismo já fosse considerado um traidor da pátria. A tensão está no ar e cada diálogo parece mais carregado do que panela de pressão na hora do feijão.

Nathan, nosso protagonista, está vivendo um verdadeiro pesadelo: a sua mulher está em uma tour de adoração ao comunismo, e isso é quase como ter uma sogra que adora discutir política em todas as reuniões de família. Na verdade, Fleur é uma ex-atriz e agora uma fervorosa defensora do comunismo. E adivinha? O que ela quer é transformar a vida de Nathan em um verdadeiro manifesto comunista. Afinal, quem não gostaria de discutir sobre a luta de classes durante o jantar, não é mesmo?

Os conflitos começam a se desenrolar quando Fleur se recusa a simplesmente ser uma esposa tradicional, a ponto de Nathan sentir que sua vida tornou-se um espetáculo de teatro. Ele tenta desesperadamente equilibrar a relação, mas quando ela começa a trazer seus amigos comunistas para as reuniões familiares, Nathan já se sente em um filme de horror: só falta colocar a trilha sonora de suspense para a coisa ficar completa.

E, claro, não podia faltar o dilema existencial. Nathan se vê às voltas com suas próprias inseguranças e dúvidas. Ele questiona a própria identidade, o que é muito comum quando você é casado com uma mulher que acredita que o equilíbrio do mundo depende do comunismo. Além disso, a vida de Nathan passa a ser um verdadeiro campo de batalha entre o conservadorismo e o radicalismo. É uma verdadeira guerra social!

Mas, atenção para o spoiler: o final mostra que nem tudo são flores em um relacionamento em meio a ideologias tão opostas. O casamento deles se transforma em uma reflexão sobre o amor, a política e as escolhas que fazemos na vida. Fleur, mesmo com suas convicções fervorosas, revela ter suas fragilidades e limitações. Assim, Roth consegue provocar o leitor a pensar sobre o que realmente importa em um relacionamento, além de discutir os meandros entre amor e ideologia.

Portanto, Casei com um comunista é uma obra cheia de situações embaraçosas que levantam questões sobre ideologia, amor, e todas aquelas coisas que fazem a gente dar risada e chorar ao mesmo tempo. E tudo isso misturado a uma crítica mordaz à sociedade e ao momento político da época. Como se não bastasse, ainda nos deixa a pergunta intrigante: "É possível amar alguém que acredita em tudo que você não acredita?" Pois é, talvez a resposta esteja em debaixo daquela montanha de argumentos sobre socialismo!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.