Como matei minha mãe
Sheila Leirner
RESENHA

Como matei minha mãe é uma obra estonteante de Sheila Leirner que provoca uma imersão arrojada no complexo universo da maternidade. Ao desafiar as convenções, Leirner não apenas expõe sua relação com a figura materna, mas nos lança em um labirinto de emoções profundas que nos fazem repensar nossas próprias experiências. As páginas se transformam em um campo de batalha onde amor, dor e libertação se entrelaçam de maneira visceral.
Desde o início, somos confrontados com a crueza de uma relação que oscila entre a dedicação incondicional e os conflitos irreversíveis. A leitura se torna uma montanha-russa emocional, onde você sente o coração pulsar ao lado da autora, um convite incisivo a explorar o que nos une e separa. Como lidar com a expectativa de uma figura que representa não só a proteção, mas também o peso das obrigações sociais? Sheila provoca um verdadeiro choque ao trazer à tona a realidade de uma relação distante, arruinada por mal-entendidos e pela busca incessante da autonomia.
Em um mundo onde o "mãe" quase sempre é sinônimo de santidade, Leirner quebra esse estereótipo com uma provocação inegável: que tal olharmos para a maternidade com um olhar crítico, sem medo de questionar os laços que nos unem? A autora não tem receio em expor suas vulnerabilidades, chamando o leitor a refletir sobre seus próprios sentimentos. É nessa abordagem que ela desafia a voz coletiva que se espera de uma mãe, revelando as fissuras que podem surgir nas relações mais próximas.
Os leitores despertam para a realidade de que a maternidade não é uma caminhada florida; ela é, em muitos casos, um terreno repleto de desafios. A obra ressoa nas críticas e elogios, onde muitos se identificam com a luta de Leirner, ao passo que outros apontam um certo desassossego diante de uma abordagem tão direta. Não há espaço para meias-verdades. A jornada de como a autora "matou" sua mãe, no sentido metafórico da ruptura de um ideal, é um convite ao autoconhecimento que exala solidariedade e, simultaneamente, provoca alvoroço.
Se o que você procura é uma leitura leve, talvez esse livro não seja para você. Contudo, se a sua curiosidade te empurra a explorar as profundezas da psicologia humana, Como matei minha mãe se tornará um tesouro na sua estante, uma obra que se recusa a ser esquecida. Os ecos de suas reflexões sobre a maternidade nos convidam a um diálogo que se estende muito além das páginas. Afinal, essa relação intrincada e carregada de sentimentos é um reflexo do que somos e do que aspiramos a ser.
Assim, Sheila Leirner não apenas escreve; ela nos incendeia a alma. Você está pronto para essa experiência transformadora? 🌪🖤
📖 Como matei minha mãe
✍ by Sheila Leirner
🧾 248 páginas
2022
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