Como se fosse a casa
Uma correspondência
Ana Martins Marques; Eduardo Jorge
RESENHA

A leitura de Como se fosse a casa: Uma correspondência não é apenas uma experiência literária; é uma imersão profunda na intimidade das relações humanas, nas trocas de sentimentos que conseguimos traduzir em palavras. Os autores Ana Martins Marques e Eduardo Jorge constrõem, de maneira poética, um universo onde a correspondência se torna o fio condutor das emoções, e a casa, metáfora das vivências que acumulamos.
Com apenas 48 páginas, esse pequeno grande livro se transforma em um espelho que reflete as nuances do cotidiano, a fragilidade dos laços e a força da saudade. Você não pode deixar de sentir cada palavra como um toque suave e, ao mesmo tempo, pungente. É um convite ao recolhimento e à reflexão: quantas vezes deixamos de dizer o que realmente importa? 😢
As cartas, ou cartas contemporâneas, como as de um mundo digital que escancara a vulnerabilidade humana, são o cenário propício para os autores explorarem o mais íntimo de nós. A troca de correspondências reveladora transgredi o mero ato de escrever e se transforma em um ato de resistência. Nesse jogo de palavras, a casa, um símbolo de pertencimento e identidade, aproxima e, ao mesmo tempo, distancia.
Comentarios de leitores ressaltam como a obra toca em pontos sensíveis, gerando identificação. Uns afirmam que a linguagem é um bálsamo, outros ressaltam que a simplicidade das palavras esconde um abismo de profundidade emocional. Essa dualidade é o que torna a leitura arrebatadora, como se cada página fosse uma vela acesa na escuridão de um pensamento angustiado.
No entrelaçar de vozes, é impossível não se recordarem figuras como Adélia Prado e seus diálogos com o cotidiano, ou mesmo Marina Colasanti, que se vale da prosa para expressar os conflitos da vida. Os ecos dessas influências fazem com que você sinta a presença de monstros e anjos - suas memórias e anseios - que habitam cada um de nós.
O conceito de casa, que transita entre ser um espaço físico e uma construção emocional, nos provoca a pensar sobre o que realmente nos abriga. O livro explora a ideia de que, às vezes, a verdadeira casa está nos relacionamentos ou nas lembranças que guardamos a sete chaves em nossos corações. 🏡✨️
Em tempos de conexão superficial, onde mensagens rápidas e emojis parecem sufocar a essência da comunicação, essa obra nos remete à importância de parar, refletir e dialogar de maneira mais profunda. É como se os autores estivessem gritando: "Não se esqueça do que é humano!".
Sendo assim, não fique de fora dessa reflexão necessária e profunda. Deixe-se arrebatado por Como se fosse a casa: Uma correspondência e descubra um mundo onde o ato de escrever pode transformar vidas e construir pontes entre almas. Afinal, quem não gostaria de ter uma casa feita de palavras?
📖 Como se fosse a casa: Uma correspondência
✍ by Ana Martins Marques; Eduardo Jorge
🧾 48 páginas
2017
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