Confesso que comi
Memórias dos sons, cores e sabores dos botequins
Renato Alves
RESENHA

A culinária brasileira é um universo vasto, repleto de nuances que contam histórias e evocam memórias. Confesso que comi: Memórias dos sons, cores e sabores dos botequins, de Renato Alves, não é apenas um livro; é um convite explosivo a uma viagem sensorial através dos botequins, esses templos da gastronomia e da sociabilidade nas nossas cidades.
Ao folhear as páginas, você é imediatamente transportado para um Brasil autêntico e vibrante. O autor, com seu olhar afiado e um paladar afortunado, mergulha fundo nas delícias, aromas e vivências que permeiam esses espaços únicos. Cada relato é como um prato fumegante, servido com autenticidade e generosidade, repleto de histórias que se entrelaçam com a cultura popular. Alves traz à tona como cada canto ressoa com risadas, discussões acaloradas e as histórias que só um bom botequim pode acolher.
Conforme você avança, suas memórias começam a se agitar. Você sente o cheiro de um bolinho de feijoada, ouve a música do violão que embala as noites, e até pode quase tocar a energia contagiante das conversas entre desconhecidos que se tornam amigos à mesa. Alves, com sua prosa calorosa, não somente narra; ele cria uma experiência coletiva, onde os sabores traduzem emoções e os sons ganham vida. É ali, entre uma caneca de chope e uma porção de petiscos, que o autor revela como a culinária é uma forma de resistência e expressão cultural.
Comentários e opiniões sobre o livro se espalham como mão de gato em cima de uma boa feijoada. Muitos leem suas páginas com nostalgia, resgatando lembranças de sua infância e juventude. Outros se surpreendem com a profundidade das reflexões sobre a relação entre comida e comunidade, destacando como Alves consegue unir o cotidiano à literatura de uma forma visceral. Entretanto, como toda obra que toca em temas tão sensíveis, há críticas. Alguns apontam uma falta de diversidade nas histórias, reclamando que as memórias poderiam ter se estendido a outros sabores e tradições. Mas, ah. isso é parte do charme! A conversa e a reflexão são sempre bem-vindas.
Se você já andou por um botequim e sentiu o calor humano entre um gole e outro, não pode deixar de ler Confesso que comi. As palavras de Renato Alves são como um tempero que, uma vez adicionado à sua vida, transformam o banal em extraordinário. Os botequins não são apenas locais de encontro; eles são o cerne da nossa identidade cultural, e este livro te faz sentir, ouvir e, acima de tudo, experimentar essa alegria. Não fique de fora desse banquete literário que vai incendiar suas emoções, e que com certeza, vai deixar um gostinho de quero mais. 🍻✨️
📖 Confesso que comi: Memórias dos sons, cores e sabores dos botequins
✍ by Renato Alves
🧾 246 páginas
2021
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