Desejos ingovernáveis
Rimbaud e a Comuna de Paris Uma estáção no Inferno
Larissa Drigo Agostinho; Arthur Rimbaud
RESENHA

Desejos ingovernáveis: Rimbaud e a Comuna de Paris + Uma estação no Inferno não é simplesmente uma obra literária - é um mergulho visceral nas entranhas da alma humana, um convite irrecusável ao caos da revolução. Larissa Drigo Agostinho conjuga com maestria a figura emblemática de Arthur Rimbaud, uma das vozes mais potentes do simbolismo, e a turbulenta Comuna de Paris. Esse cenário não só ecoa os conflitos do século XIX, mas ressoa com a atualidade, transformando suas páginas em um verdadeiro campo de batalha para ideias e emoções.
Aqui, você se encontra encaixotado entre a poesia crua de Rimbaud, que expele um lirismo quase incendiário, e os enfrentamentos de um povo destemido em busca de liberdade. A Revolução Francesa não foi um evento isolado; suas chamas continuam ardendo dentro de nós, como um desejo insaciável de transformação e justiça. E é nesse entrelaçar de vidas e ideais que Drigo Agostinho traz à tona uma reflexão sobre os anseios humanos que transbordam de controle, apresentando um convite vibrante à revolução pessoal e social.
Os leitores, em suas opiniões fervorosas, não hesitam em destacar como a obra provoca um turbilhão de sentimentos, desde a nostalgia até a indignação. Alguns aplaudem a forma como os textos de Rimbaud se entrelaçam com a narrativa contemporânea, enquanto outros questionam a intensidade emocional que blinda a narrativa de suas fraquezas. Essa polarização reflete o próprio Rimbaud, que, ao longo de sua breve carreira poética, foi simultaneamente venerado e criticado.
A genialidade de Desejos ingovernáveis reside na sua capacidade de conectar dois mundos aparentemente distantes: um jovem poeta que desafiou as convenções e uma Comuna que aspirava a um novo mundo. Rimbaud, um rebelde em sua essência, desbrava a ideia de que a arte deve ser um ato de revolução, e, neste livro, essa ideia se desdobra em quase um manifesto. Quando a tinta se mistura ao sangue dos mártires, a poesia se torna resistência.
E você, leitor, está preparado para confrontar seus próprios desejos ingovernáveis? Para reconhecer as revoluções silenciosas ao seu redor? Este livro não deixa espaço para a complacência; ele exalta a beleza do desespero e a coragem no abismo. Ao final, depois de ser bombardeado por essa explosão emocional, você pode se ver não apenas diante de um texto, mas diante de um espelho que reflete suas próprias revoltas e aspirações.
Ao deslizar por suas páginas, Desejos ingovernáveis não apenas ilumina o passado, mas também acende uma faísca, um incômodo, uma inquietação que pulsa em seu interior. A dúvida e a esperança se entrelaçam, e cada parágrafo ressoa como um grito de resistência - um lembrete latente de que a revolução, a verdadeira revolução, começa em nós mesmos. 🖤✨️
📖 Desejos ingovernáveis: Rimbaud e a Comuna de Paris + Uma estáção no Inferno
✍ by Larissa Drigo Agostinho; Arthur Rimbaud
🧾 196 páginas
2021
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