Do direito à negação da cidade
Quando o planejamento urbano promove a segregação espacial e não a inclusão socioespacial
Felipe Perdigão Barbosa
RESENHA

Uma cidade que não acolhe. Um planejamento que segregrega. O que acontece quando as leis que deveriam garantir os direitos de todos se tornam instrumentos de exclusão? Em Do direito à negação da cidade, Felipe Perdigão Barbosa nos provoca a refletir sobre as sombras que se escondem atrás do ostensivo crescimento urbano. Este não é apenas um livro; é um grito de alerta sobre como a montagem de urbanizações planejadas pode falhar miseravelmente ao promover a inclusão e, em vez disso, erguer muros invisíveis que separam e marginalizam.
Publicada em 2019, esta obra nos apresenta uma análise incisiva e crítica, ressaltando como a falta de planejamento e a indiferença social alimentam a segregação espacial nas cidades brasileiras. Barbosa, com uma linguagem clara e impactante, revela uma realidade que muitos de nós preferimos ignorar: a de que o direito à cidade, e o próprio conceito de inclusão socioespacial, é frequentemente uma miragem em um deserto de injustiças.
Durante os 96 densos e reveladores páginas, o autor não se limita a apontar os problemas; ele nos convida a adentrar em um labirinto de realidades e dados que expõem a cruel verdade das políticas urbanas. Ao longo da narrativa, somos confrontados com imagens que nos mostram a luta diária de pessoas cujas vozes são constantemente abafadas.
Os leitores que se aventuraram por suas páginas o caracterizam como uma obra essencial para quem se preocupa com as periferias e suas realidades. Alguns defendem que o livro é um "manual de resistência urbana", enquanto outros lamentam que o autor poderia ter aprofundado ainda mais as críticas ao modelo atual. Entretanto, todos concordam: a leitura é uma odisseia necessária.
Na prática, Barbosa nos instiga a sair da zona de conforto. As provocações contidas em suas palavras podem gerar raiva, compaixão e, quem sabe, a fagulha da mudança que tanto precisamos. Ao expor a dicotomia entre o que deveria ser e o que é, ele não apenas nos faz enxergar a realidade urbana sob um novo prisma, mas também nos convida a agir.
A obra ecoa em um contexto mais amplo, onde a luta por direitos urbanos se tornou um tema central nas discussões sociais e políticas contemporâneas. É impossível não se lembrar de movimentos como o Ocupa, as reivindicações por moradia digna e a pressão por políticas públicas realmente inclusivas. Ao transcender o mero estudo acadêmico, Barbosa coloca a questão da urbanização em um espectro ético fundamental: quem realmente define a cidade e, mais importante, para quem ela pertence? 🌆✨️
Se você já se sentiu impotente diante das injustiças urbanas, ou mesmo incomodado com a desigualdade ao seu redor, Do direito à negação da cidade é a leitura que vai chacoalhar suas crenças. Não se trata apenas de um livro, mas de um convite a reimaginar a cidade que queremos. O momento de agir é agora. Não fique de fora desta revolução silenciosa!
📖 Do direito à negação da cidade: Quando o planejamento urbano promove a segregação espacial e não a inclusão socioespacial
✍ by Felipe Perdigão Barbosa
🧾 96 páginas
2019
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