Drácula
Laura Bacellar; Bram Stocker
RESENHA

Em meio à neblina da Transilvânia, um castelo sombrio se ergue como a própria encarnação do medo e do desejo. Drácula, uma obra icônica que se entrelaça com nossos medos mais primordiais, não é apenas uma história de vampiros, mas uma profunda reflexão sobre poder, sexualidade e o que significa ser humano. Através da caneta inconfundível de Bram Stoker, com novos toques de Laura Bacellar, mergulhamos em um mundo que desafia nossa percepção do sobrenatural.
Ao abrir as páginas desta narrativa, é impossível não sentir a tensão crescente, como um fio prestes a se romper. O Conde Drácula, figura carismática e aterradora, personifica o arquétipo do sedutor noturno. O que você faria se encontrasse uma figura que faz sua essência tremer? Através de cartas, diários e relatos, Stoker constrói um emaranhado de vozes que nos transporta para um cotidiano de horror e sedução.
Essa história não se restringe a um mero entretenimento. Ela explode na sua mente como uma prova de que o amor e a morte andam de mãos dadas, como um tango apaixonado que pode terminar em tragédia. As interações entre Mina, Jonathan e os outros protagonistas são um mergulho no abismo emocional que todos sentimos ao nos confrontarmos com o desconhecido.
Drácula ecoa em várias esferas da cultura pop, sendo referência para cineastas, escritores e artistas que não hesitaram em beber dessa fonte. Desde as telas de Hollywood até a literatura contemporânea, sua influência é tão potente que deve fazer você se questionar: o que é real? O que é ficção? Os comentários de leitores refletem essa intensidade. Muitos se fascinam pela construção meticulosa da trama, enquanto outros criticam a lentidão de alguns trechos. Mas é essa dualidade que transforma Drácula em uma obra a ser discutida, decifrada.
A crítica social é intrinsecamente ligada ao contexto em que Stoker escrevia. Num mundo em transição, onde o moderno colidia com o arcaico, Drácula surge como um símbolo do terror que reside nas sombras da sociedade vitoriana. Os valores tradicionais enfrentavam novas liberdades e inquietações. Os leitores, ao absorverem a obra, não podem deixar de refletir sobre a natureza sombria que muitas vezes reside em nós mesmos.
Com uma narrativa que oscila entre o sublime e o grotesco, Drácula é a prova de que o verdadeiro horror é aquele que desafia suas convicções. É um convite a rituais sombrios, onde a escuridão e a luz se entrelaçam de uma maneira que provoca emoções fortes e profundas reflexões. Prepare-se para ser absorvido por essa experiência enquanto as sombras do passado sussurram segredos nas páginas deste clássico literário.
📖 Drácula
✍ by Laura Bacellar; Bram Stocker
🧾 72 páginas
2020
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