Edith e a velha sentada
Lázaro Ramos
RESENHA

Em um mundo onde a pressa se tornou um hábito, Edith e a velha sentada surge como um grito de resistência. Lázaro Ramos, com um olhar sensível e poético, tece uma narrativa que nos convida a desacelerar e mergulhar nas sutilezas da vida cotidiana. Estamos diante de uma obra que, mesmo em suas 64 páginas, é um vasto oceano de sentimentos e reflexões sobre a solidão, a memória e a beleza das pequenas coisas.
A velha que nos observa tem uma história única e profunda, repleta de experiências que transbordam do papel e ecoam em cada um de nós. Lázaro, com sua habilidade de contar histórias, nos transporta para um universo onde o tempo parece fluir de maneira diferente. Você sente a necessidade de conhecer cada detalhe da existência de Edith, cada fragmento da sua vida, como se fosse um amigo íntimo. A narrativa é um delicado fio que liga o passado ao presente, criando uma tapeçaria rica em emoções e ensinamentos.
Ao longo da leitura, é impossível não sentir uma conexão íntima com a protagonista. Sua sabedoria e perspectiva sobre a vida revelam verdades universais que todos nós, em algum momento, já enfrentamos. A solidão e a busca por significado permeiam a obra, e a forma como Lázaro aborda esses temas é como uma vela acesa em uma sala escura: ilumina, traz conforto e provoca reflexões profundas.
Os leitores, em suas opiniões, revelam que a prosa de Lázaro não é apenas uma simples história, mas uma experiência transformadora. Muitos comentam sobre a ressonância emocional que a obra provoca, destacando momentos que os levaram às lágrimas ou aos sorrisos. A intensidade dos sentimentos, a riqueza dos diálogos e os detalhes vívidos se entrelaçam, criando um todo coeso que seduz e cativa.
Mas nem tudo é puro encanto. Algumas vozes críticas expressam a vontade de explorar mais a fundo os personagens e suas complexidades. A ideia de que algumas narrativas poderiam ser mais desenvolvidas é uma crítica válida e recorrente, mas talvez essa seja a beleza deste livro: a simplicidade na entrega, que nos faz sentir que tudo é suficiente. Um convite à contemplação.
A obra não se limita a ser apenas um relato; ela é um testemunho da vida que nos rodeia. Edith, com suas lembranças e histórias, é um espelho que reflete nossas próprias inquietações, medos e esperanças. A velhice, muitas vezes vista como um fardo, aqui se transforma em um legado de aprendizado e crescimento.
Lázaro Ramos, um artista multifacetado, brilha mais uma vez através da escrita, sendo não apenas um contador de histórias, mas um provocador de emoções. Edith e a velha sentada é uma obra que nos convida a valorizar o efêmero, a entender a profundidade do ser humano e a exploração dos sentimentos mais intrínsecos.
Se você busca uma leitura que desafie sua perspectiva e abra seus olhos para as pequenas maravilhas da vida, não perca essa chance de mergulhar no universo de Lázaro. O que está em jogo aqui não é apenas a história de uma velha; é a sua própria história refletida nas páginas. Uma verdadeira lição sobre o que significa existir.
📖 Edith e a velha sentada
✍ by Lázaro Ramos
🧾 64 páginas
2021
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