Existo, existo, existo
Dezessete tropeços na morte
Maggie O'Farrell
RESENHA

Existo, existo, existo: dezessete tropeços na morte não é apenas um título inusitado; é um grito visceral de uma alma que dança à beira do abismo. Maggie O'Farrell, com uma prosa cheia de paixão e dor, mergulha nas reviravoltas da vida e na inevitabilidade da morte, como um virtuoso que brilha numa melodia trágica. Das páginas deste livro, emanam ecos de desistências, resiliência e um profundo questionamento sobre a própria existência. 🌀
O'Farrell nos apresenta dezessete episódios quase surreais que ela própria viveu, nos levando às vísceras de experiências que muitas vezes preferimos ignorar. Cada tropeço é uma lição, uma oportunidade de reflexão que nos forçará a olhar para dentro. A autora revisita momentos em que a morte se aproximou, não apenas como um conceito abstrato, mas como uma presença palpável, como uma entidade com a qual todos temos algum grau de familiaridade, mas que raramente encaramos de frente.
Os leitores são levados a um passeio que combina drama e humor, tristeza e superação. A narrativa é um convite a sentir. O'Farrell fala diretamente ao seu coração, puxando você para um universo onde a fragilidade da vida se torna o cenário de uma luta pessoal contra o que a maioria de nós teme. As opiniões são diversas: muitos se sentem inspirados, enquanto outros expressam resistência, talvez por conta da intensidade crua e franca com que os eventos são abordados. Alguns leitores se percebem tomando consciência de suas próprias experiências com a morte, enquanto outros acham que a autora oscila entre a melancolia e a leveza de forma abrupta.
E o que podemos aprender nesta dança entre a vida e a morte? Que não há vergonha em tropeçar. Cada queda, cada desafio, é um meio de reerguer-se. Existo, existo, existo é um chamado à vida, uma celebração do errar e do aprender. O'Farrell revela que a vulnerabilidade é, na verdade, um dos maiores pontos de força que possuímos. 💔
Através de suas palavras, O'Farrell toca em tópicos universais que ressoam em todos nós. Enquanto alguns podem criticar a forma como ela lida com emoções intensas, muitos argumentam que essa honestidade é o que torna a leitura tão poderosa. Para a autora, não existe perfeição, mas um mosaico de experiências, cada uma colorindo a tapeçaria de quem somos.
Então, não ignore o peso que a leitura pode ter na sua própria percepção de vida e morte. Ao virar as páginas, você não apenas lê sobre os tropeços de O'Farrell; você confronta seus próprios. E quem sabe, ao final, você se veja um pouco mais leve? Afinal, não é isso que buscamos? Viver com intensidade, mesmo diante da instabilidade da existência? 💥
📖 Existo, existo, existo: dezessete tropeços na morte
✍ by Maggie O'Farrell
🧾 256 páginas
2019
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