Feiticeiros, burlões e mistificadores
Criminalidade e mudança das práticas populares de saúde em São Paulo - 1950 a 1980
Antonio Carlos Duarte de Carvalho
RESENHA

Nos anos de turbulência que marcaram o Brasil de 1950 a 1980, uma trama de criminalidade e mistificação se desenrolou nas periferias urbanas de São Paulo, onde a saúde popular se entrelaçou com práticas escandalosas e alternativas. Feiticeiros, burlões e mistificadores: Criminalidade e mudança das práticas populares de saúde em São Paulo - 1950 a 1980, de Antonio Carlos Duarte de Carvalho, não é apenas uma obra, mas um convite para explorar os labirintos sombrios da saúde popular que florescia em meio à desconfiança estatal.
A narrativa é rica, pulsante e reveladora. Carvalho não se esquiva das cruezas da realidade, expondo a exploração e as fraudes que aconteciam sob os olhos de uma sociedade em busca de respostas em tempos de crise. Ao longo de suas páginas, somos levados a refletir sobre o que significa saúde quando a própria natureza dos cuidados é envolta em mistérios e enganos. Essa obra é um verdadeiro soco no estômago que faz você se questionar: até onde pode ir o ser humano na busca por alívio?
Os comentários dos leitores variam entre aplausos e indignação. Muitos exaltam a pesquisa meticulosa de Carvalho, que harmoniza bem humor e crítica social, enquanto outros se mostram incomodados, sentindo que a visão do autor pode ser reducionista ou excessivamente pessimista. Entre aplausos e críticas, o que se revela em comum é a capacidade da obra de provocar pensamentos e sentimentos intensos. O leitor acaba confrontando não só o passado, mas também a realidade atual da saúde em um país marcado por desigualdades.
A vida de Carvalho, um investigativo infante das complexidades sociais, nos fornece um panorama único. Ele mergulha em suas raízes e traz à tona a importância de entender os contextos históricos que moldam as práticas culturais e sociais. Enquanto muitos se delineiam a partir de cânones acadêmicos, Carvalho se destaca por sua capacidade de traduzir a intrincada dinâmica entre criminalidade e saúde popular, conferindo vivacidade a figuras que, antes, eram meras notas de rodapé na história.
Além disso, o conteúdo da obra ecoa nas discussões contemporâneas sobre a saúde: sim, a corrupção e a manipulação não são apenas fenômenos do passado. Ao dar voz aos marginalizados e destacar suas lutas, Carvalho também nos lembra que a transformação social sempre esteve ao nosso alcance, mas que exige vigilância crítica e ação coletiva.
Entender a criminalidade que permeava as práticas de saúde em São Paulo não é um mero exercício acadêmico, é um chamado à ação. Feiticeiros, burlões e mistificadores não se resume a uma leitura, mas a um manifesto para despertar a consciência social e desafiar as injustiças. Ao final da jornada por suas páginas, você se verá imerso em um questionamento profundo sobre os meandros da saúde pública e as verdades que aguardam para serem reveladas. A vontade de agir, de mudar, de não permanecer indiferente, é o verdadeiro legado desta obra.
🚨 Não perca a oportunidade de se aprofundar nesse universo cheio de provocação e reflexão; sua leitura pode ser o primeiro passo para uma nova mentalidade!
📖 Feiticeiros, burlões e mistificadores: Criminalidade e mudança das práticas populares de saúde em São Paulo - 1950 a 1980
✍ by Antonio Carlos Duarte de Carvalho
🧾 172 páginas
2005
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