Inclinações da metapoesia de Manoel de Barros
Ignorância, inutilidade e infância como atributos do processo poético
Brandão Wellington
RESENHA

Em um mundo dominado pela urgência e a eficiência, onde o conceito de inutilidade parece ser um crime, o livro Inclinações da metapoesia de Manoel de Barros: Ignorância, inutilidade e infância como atributos do processo poético, escrito por Brandão Wellington, emerge como um sopro refrescante de esperança para aqueles que ainda acreditam na magia do que é considerado desnecessário. Este texto não é apenas uma análise; é um convite para mergulhar no universo inquietante e fascinante de um dos poetas mais emblemáticos do Brasil.
Manoel de Barros, um gigante da literatura, sempre desafiou as convenções. Sua obra é uma ode à infância e à ignorância, uma celebração do que a sociedade frequentemente descarta. Brandão Wellington nos leva a uma viagem onde o "inútil" se torna uma fonte de sabedoria, e a ignorância, uma porta de entrada para um mundo repleto de sentimentos e descobertas. É como se, ao ler este livro, pudéssemos deixar de lado as amarras do que se espera e adentrar um campo fértil onde as palavras dançam de maneira livre e divertida. ✨️
O tom provocativo de Wellington não passa despercebido; o autor discute a importância da visão infantil na poesia - uma perspectiva que, longe de ser limitada, é repleta de potencial. O que uma criança vê em uma pedra, por exemplo, pode muito bem ser mais rico que a análise técnica mais apurada. Por isso, ele nos convida a olhar com os olhos de Manoel, resgatando a essência de ver o extraordinário no cotidiano. E, convenhamos, quantas vezes você, leitor, já parou para apreciar o que está ao seu redor? A obra de Wellington transforma isso em uma necessidade, não um capricho.
Os leitores têm reagido de maneiras diversas a esta obra. Há aqueles que se sentem revigorados, como se tivessem descoberto um novo propósito entre as páginas. Outros, no entanto, levantam questionamentos sobre a própria natureza da poesia. Para alguns, a ênfase em ignorância e inutilidade pode soar desconfortável, desafiando tudo o que aprenderam sobre a produção cultural. Nesse choque, porém, reside a beleza do texto de Wellington - ele provoca, instiga e nos obriga a refletir sobre o que a poesia realmente pode e deve ser. Essa tensão é o combustível que torna a leitura ainda mais eletrizante! ⚡️
Ademais, a metapoesia de Barros retrata seu amor pela natureza e revela a fragilidade das coisas, tudo embebido em uma simplicidade quase infantil. Wellington, ao discorrer sobre isso, não apenas ilumina a obra de Barros, mas também insere o leitor em um campo de reflexão poética e metafísica, onde emoções ancestrais encontram ressonância entre a modernidade e suas cabeças pensantes.
Ao final, Inclinações da metapoesia de Manoel de Barros é mais do que um estudo; é um manifesto! Ele clama para que abramos nossos olhos e ouvidos a um mundo que é riquíssimo em nuances, ainda que pareça fútil ou insignificante. A leitura desta obra irá, sem dúvida, tocar o âmago da sua existência de maneira profunda - e talvez, apenas talvez, você descubra que a verdadeira poesia reside exatamente nos lugares que sempre ignorou. 🌌
📖 Inclinações da metapoesia de Manoel de Barros: Ignorância, inutilidade e infância como atributos do processo poético
✍ by Brandão Wellington
🧾 72 páginas
2014
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