Janela a Sete Palmos
Escrita em Pandemia
Carolina Bacelar
RESENHA

Janela a Sete Palmos: Escrita em Pandemia é uma obra que transcende a mera leitura, convidando o leitor a um mergulho profundo em suas emoções e reflexões. Assinada por Carolina Bacelar, essa coletânea de textos escritos durante um dos períodos mais desafiadores da história recente nos provoca a refletir sobre a fragilidade da vida e a força da criação literária em tempos de crise.
Carolina não oferece apenas relatos; ela nos proporciona um vislumbre do que significa viver e escrever durante uma pandemia que tomou conta do mundo. Ao longo de suas páginas, a autora decifra sentimentos universais como solidão, esperança e resiliência, transformando-os em palavras que ressoam em nossos corações. É como se estivéssemos na mesma sala, compartilhando medos e anseios, enquanto ela desliza por experiências compartilhadas de uma humanidade em manutenção, se reinventando entre as fissuras do cotidiano.
O cenário é claustrofóbico e, ao mesmo tempo, libertador. Os leitores são convidados a espiar pela janela da alma da autora, que se encontra dividida entre a realidade externa, tão dura e implacável, e a necessidade interna de criar, de buscar beleza nas entrelinhas do desespero. Através de sua prosa, Carolina estabelece uma conexão palpável com a dor, a alegria e, principalmente, a esperança. Cada página é um convite a confrontar nossas próprias incertezas e fragilidades, num momento em que todos fomos forçados a parar e olhar para dentro.
Ao longo da leitura, é impossível não rememorar os relatos de pessoas que passaram por experiências semelhantes, a eloquência de Bacelar dá voz a um coro de sentimentos que ecoa em muita gente. Os comentários dos leitores revelam uma recepção calorosa, com muitos expressando como a escrita de Carolina os tocou em suas próprias batalhas emocionais diante da pandemia. Contudo, há quem critique a obra por sua abordagem intensa, considerando-a um cataclismo emocional em tempos já tão adversos.
O que torna Janela a Sete Palmos ainda mais fascinante é a habilidade da autora em usar a escrita como uma ferramenta de cura. Assim como a literatura sempre mostrou ser um porto seguro, Carolina provoca uma reflexão sobre o poder da narrativa. A história coletiva da pandemia é moldada não apenas pelos dados frios, mas pelas vivências e pelas vozes que surgem como faróis de esperança à beira do abismo. É na fragilidade que encontramos a força de conectar e resgatar fragmentos de luz em meio à escuridão.
Dizer que esse livro é imperdível seria insuficiente; é necessário vivenciá-lo para sentir a centelha de vida que ele oferece. Cada palavra, cada frase, cada sentimento descrito neste compêndio se torna um hino à resistência e à criatividade em tempos de aperto. Janela a Sete Palmos não só nos convida a olhar pela própria janela, mas também a olharmos para dentro e reconhecermos as belezas que a adversidade pode nos revelar.
Neste momento em que as feridas da pandemia começam lentamente a cicatrizar, é essencial que obras como essa sejam lidas, discutidas e sentidas. Afinal, a literatura tem esse poder mágico e transformador: de nos unir em um só grito, de nos fazer sentir vivos e revitalizados. Então, deixe-se levar por Carolina Bacelar e suas palavras - você não vai se arrepender. ✨️
📖 Janela a Sete Palmos: Escrita em Pandemia
✍ by Carolina Bacelar
🧾 73 páginas
2020
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