Justiça restaurativa, narrativas traumáticas e reconhecimento mútuo
Geovana Faza da Silveira Fernandes
RESENHA

A Justiça restaurativa, narrativas traumáticas e reconhecimento mútuo de Geovana Faza da Silveira Fernandes não é apenas uma obra; ela é um convite à reflexão profunda sobre a condição humana em meio ao caos das relações interpessoais e do sistema de justiça. Em suas 500 páginas, Fernandes mergulha nas dinâmicas emocionais que cercam a dor e a reparação, apresentando uma análise acentuada da maneira como as narrativas podem transformar vidas, curar feridas e promover o reconhecimento mútuo entre agressores e vítimas.
Com uma prosa envolvente, a autora nos coloca diante de uma realidade crua: as narrativas traumáticas não são meras histórias de dor; elas são ferramentas poderosas nas mãos daqueles que buscam não apenas a justiça, mas a restauração da dignidade e da humanidade. A proposta de um sistema que prioriza o diálogo e a cumplicidade, em vez da punição, ecoa como um grito por uma mudança que vai muito além das páginas deste livro. A obra nos instiga a questionar os modelos tradicionais que permeiam o pensamento jurídico e nos faz sentir a urgência de uma abordagem mais empática e inclusiva.
Os leitores não hesitam em demonstrar suas emoções e reflexões nas resenhas. Muitos se sentem tocados pela profundidade do tema e pela forma como a autora aborda a complexidade das experiências humanas. Porém, algumas vozes críticas surgem, apontando a necessidade de uma aplicação prática mais efetiva dos conceitos apresentados. Será que estamos prontos para abrir mão do punitivismo em favor de um sistema que acolhe e transforma? Esta é uma pergunta que ecoa entre aqueles que se debruçam sobre as questões levantadas por Fernandes.
Contextualizando a obra, é necessário reconhecer que vivemos um tempo onde a justiça é frequentemente vista como um processo punitivo, em vez de um caminho para a restauração. A obra se faz ainda mais relevante em um cenário contemporâneo marcado por discussões acaloradas sobre direitos humanos, violência e reabilitação. Fernandes, ao traçar as intersecções entre as narrativas de dor e as possibilidades de redempção, não só ilumina a experiência individual, mas também nos convoca a uma mudança de mentalidade coletiva.
Aqui, a emotividade é palpável. A linguagem de Fernandes pode fazer você sentir a dor das vítimas, a confusão dos agressores e, principalmente, a esperança que surge quando o diálogo se estabelece. O reconhecimento mútuo, um dos pilares da justiça restaurativa, surge como um elemento quase mágico, capaz de transformar vidas e reconstruir laços.
É impossível sair da leitura dessa obra sem um choque de realidade. Você é confrontado com a possibilidade de que a verdadeira justiça não se limita a punir, mas envolve ouvir, entender e reumanizar aqueles que, por suas ações, foram distantes de sua essência. Assim, ao final da jornada, você pode descobrir que não está apenas refletindo sobre os outros, mas sobre si mesmo e suas próprias narrativas. A questão é: você está pronto para mudar?
📖 Justiça restaurativa, narrativas traumáticas e reconhecimento mútuo
✍ by Geovana Faza da Silveira Fernandes
🧾 500 páginas
2021
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