Lupita gostava de engomar
Laura Esquivel
RESENHA

Lupita gostava de engomar é uma explosão de sensações que transcende as páginas e se instala nas emoções mais profundas do leitor. 🌀 Laura Esquivel, uma das vozes mais potentes da literatura contemporânea, nos presenteia com esta obra que não apenas conta uma história, mas também provoca reflexões incisivas sobre a identidade, o amor e os frágeis laços familiares.
Na narrativa, somos apresentados a Lupita, uma mulher que, com sua paixão por engomar roupas, revela as sutilezas da vida cotidiana e a transformação que os pequenos atos podem provocar. O ato de engomar, que à primeira vista pode parecer banal, ganha uma nova dimensão nas mãos de Esquivel, simbolizando o desejo de controle em um mundo frequentemente caótico. Ao longo das páginas, somos guiados pelo universo repleto de cores e texturas que Lupita habita, onde cada dobra de tecido é uma memória, cada ferro quente, uma escolha.
Em um contexto histórico que reverbera a luta e a resistência feminina, Esquivel não se contenta em descrever a realidade, ela a questiona. O que significa realmente se libertar? O que se perde e o que se ganha no processo de engomar não apenas roupas, mas vidas? Essas perguntas ecoam ao longo da leitura, instigando o leitor a se aprofundar em suas próprias experiências.
Entretanto, como toda obra provocativa, Lupita gostava de engomar não é isenta de polêmicas. Alguns críticos argumentam que a narrativa peca pela idealização do cotidiano, enquanto outros celebram a sua capacidade de transformar o ordinário em extraordinário. A dança entre o elogio e a crítica é um reflexo do próprio personagem, que se vê entre o amor pelo ato de engomar e a pressão externa para se conformar às expectativas sociais.
As opiniões dos leitores são um festim à parte. Muitos se sentiram emocionados e tocados pela simplicidade poética e pela profundidade das reflexões, enquanto outros reclamaram da falta de ação ou conflito. No entanto, essa polarização é um dos fortes indícios de que a obra consegue, de fato, provocar reações intensas - o que é um testemunho da habilidade de Esquivel. Uma palavra aqui, uma frase ali, e somos transportados para dentro do coração de Lupita, onde a solidão e a esperança se entrelaçam em um emaranhado de sentimentos.
Por trás de cada engomada e de cada página virada, há um convite à introspecção. É impossível não se questionar sobre nossas próprias rotinas, hábitos e o que realmente traz significado às nossas vidas. Ao mergulhar nesse universo, você poderá descobrir que a vida, tal como um pedaço de roupa, também necessita de cuidados, de atenção e, muitas vezes, de uma boa engomada.
Lupita gostava de engomar é uma obra que não pode ser ignorada. É um chamado para encontrar beleza nas pequenas coisas e, mais importante, um lembrete de que, assim como Lupita, cada um de nós tem o poder de transformar o cotidiano em algo sublime. ✨️ Deixe-se levar por essa história e descubra que, no calor das emoções, às vezes, está a mais pura essência da vida.
📖 Lupita gostava de engomar
✍ by Laura Esquivel
🧾 208 páginas
2018
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