Mentiras
Felipe Franco Munhoz
RESENHA

Mentiras é um mergulho visceral nos labirintos da mente humana, onde a verdade se torna um eco distante e a manipulação se revela como uma arte obscura. Neste tenso romance de Felipe Franco Munhoz, cada página é um convite a questionar a realidade que você pensa conhecer. O autor, com sua prosa afiada, nos transporta para um jogo de sombras e revelações, onde as mentiras se entrelaçam como uma teia intrincada, pronta para aprisionar os incautos.
Munhoz, que já conquistou leitores com suas narrativas provocativas, aqui inverte as lentes do convencional. Ele não apenas conta a história; ele a constrói com o cuidado de um artesão, desnudando as fraquezas e os segredos de seus personagens. Você, leitor, é puxado para a espiral de desconfiança, onde cada nova revelação torna-se um novo desafio, um teste à sua capacidade de discernimento. O clima de tensão é palpável, e a sua sanidade, em jogo.
Os leitores têm reagido intensamente a Mentiras. Alguns se veem refletidos nas angústias de personagens que os forçam a revisitar suas próprias histórias. Outros, mais críticos, questionam a plausibilidade de certas situações, mas mesmo assim reconhecem o poder da narrativa, que, ao elevar a mentira a um novo patamar, nos faz ver o ato de mentir como uma necessidade da condição humana. Entre elogios e críticas, a obra provoca conversas acaloradas, instigando debates que vão além da ficção e adentram o campo psicológico e social.
A ambientação não poderia ser mais acertada: Munhoz se utiliza de um contexto contemporâneo, onde as redes sociais e a desinformação se tornam personagens principais. A trama é uma crítica aguçada à era da informação, onde a verdade é moldada a partir de conveniências e o que realmente importa é o "como" e não o "o que". Neste cenário, o leitor é convidado a confrontar seu próprio papel nesta dança de espelhos.
As emoções que Mentiras provoca são intensas e multifacetadas. Você pode sentir a raiva brotar ao ver personagens que caem em suas próprias armadilhas. A tristeza o envolverá ao perceber que muitos deles, mesmo cercados de pessoas, estão sozinhos em suas verdades distorcidas. E, quem sabe, até mesmo o riso escapa em meio a ironias sutis, como um alívio diante da tragédia que se desenrola.
O que torna esta leitura ainda mais intrigante é a reflexão que ela traz: até que ponto somos moldados pelas mentiras que contamos a nós mesmos e aos outros? Felipe Franco Munhoz não tem medo de apertar essas feridas e nos mostra que, na busca pela verdade, a jornada é repleta de conflitos internos e externos. Ao final, você poderá se questionar: será que a mentira, às vezes, não é a construção necessária para manter a sanidade?
Mentiras não é apenas um livro; é um desafio à sua percepção do que é real. Ao terminar a leitura, você não sairá o mesmo. Preparações para a próxima leitura não vão conter todo o peso emocional que esta obra impõe. Você sairá com mais perguntas do que respostas, mas, por outro lado, sentirá uma inquietude frutífera, aquela que nos impulsiona a seguir em frente e a descortinar a complexidade da vida.
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📖 Mentiras
✍ by Felipe Franco Munhoz
🧾 208 páginas
2016
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