Música como Arte
Edição de luxo
Roger Scruton
RESENHA
A música é um fenômeno tão profundo quanto vital, uma linguagem universal que atravessa culturas e tempos. Em Música como Arte: edição de luxo, Roger Scruton nos convida a mergulhar neste universo fascinante, desnudando suas nuances e revelando o que a torna uma expressão tão essencial do ser humano. Você já parou para pensar no poder que a música exerce sobre nossas emoções e pensamentos? Scruton, filósofo e crítico musical de renome, transforma esse questionamento em uma jornada enriquecedora.
Com uma prosa envolvente, Scruton explora a estética da música, desafiando-nos a reconsiderar o que acreditamos saber sobre este artifício sublime. O autor, que dedicou sua vida não apenas ao estudo da música, mas também à sua defesa como uma forma de arte digna de respeito e análise crítica, faz um apelo apaixonado à apreciação musical, revelando como ela transcende a mera sonoridade. Ele nos convida a ouvir com atenção, a sentir com intensidade e, principalmente, a refletir profundamente sobre o que a música representa em nossas vidas e na sociedade.
Leitores apaixonados por música e arte, bem como aqueles que apenas saboreiam acordes à distância, vão encontrar aqui um arsenal de argumentos para alimentar suas reflexões. Porém, não é apenas a defesa da música que brilha nas páginas de Scruton. Ele aborda questões polêmicas, como a dessacralização da música contemporânea e a banalização que a cultura de massa impõe a ela. Chocante, não? Ao destacar essas tensões, ele não poupa críticas contundentes que, para alguns, podem soar como um golpe no estômago, mas que, em última análise, servem como um chamado para uma elevação de padrões.
Os leitores não hesitaram em expressar suas opiniões; para muitos, a profundidade analítica de Scruton é um bálsamo para a alma, um sopro de renovação no contexto de um mundo musical saturado. Em contrapartida, há quem argumente que suas visões podem soar elitistas, distantes das experimentações e das diversidades que a música pop contemporânea oferece. O embate entre tradição e inovação, entre o sublime e o banal, torna-se um campo fértil para discussões acaloradas que a obra provoca.
Neste contexto, a relevância de Música como Arte ultrapassa o mero prazer estético. Scruton não só ilumina questões estéticas, mas também nos dá ferramentas para analisar e criticar a nossa própria relação com a música. Será que não é hora de reavaliar a forma como consumimos, entendemos e apreciamos essa arte tão indissociável do nosso ser?
Ao nos convocar a essa reflexão, Scruton, em um estilo quase poético, transforma a música em uma metáfora da vida, um espelho que revela nossas mais profundas emoções e dilemas. Ao final, após essa leitura, você se verá compelido a mergulhar na próxima sinfonia com novos ouvidos, percebendo não apenas as notas, mas a história, a cultura, e a essência humana pulsando em cada acorde. 🌌🎶 A arte musical, sob a lente de Scruton, se revela como um convite à transcendência, e você não vai querer deixar essa oportunidade passar.
📖 Música como Arte: edição de luxo
✍ by Roger Scruton
🧾 272 páginas
2022
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