Nem só presente nem só passado
Bertoldo Kruse Grande de Arruda
RESENHA

Em um universo onde passado e presente se entrelaçam de maneira intrigante, Nem só presente nem só passado emerge como uma obra que instiga e provoca reflexões profundas. A pluma do autor Bertoldo Kruse Grande de Arruda nos guia por uma jornada onde a memória e a realidade se confrontam, numa narrativa que poderia muito bem ser uma janela aberta para a complexidade das relações humanas.
A obra não é apenas uma leitura; é uma imersão em um labirinto de emoções, lembranças e questionamentos que nos lançam para a própria essência do que somos. Você se verá diante de dilemas que ecoam em sua própria vida, como se cada frase carregasse a força de uma revelação pessoal. A habilidade de Arruda em transitar entre os tempos nos força a encarar questões que muitas vezes evitamos, como a construção da nossa identidade e a influência do nosso passado em decisões presentes.
Ao percorrermos suas páginas, somos envolvidos por um pulsar de vida intensa. O autor habilmente costura suas observações acerca da sociedade contemporânea, em um estilo que é ao mesmo tempo poético e incisivo, provocando um verdadeiro choque de realidade. Cada capítulo se desenrola como uma cena de um drama humano, revelando a fragilidade das relações e as complexas interações que moldam nosso ser. É um convite à introspecção, uma provocação ao leitor que se vê compelido a desbravar seus próprios fantasmas.
Os comentários dos leitores revelam um espectro de experiências emocionais que variam do encantamento à ovação, mas não sem críticas. Alguns destacam a sutileza e a profundidade da escrita de Arruda, enquanto outros apontam que a intensidade da narrativa pode ser desafiadora. A polaridade nas reações é um testemunho do impacto que essa obra exerce. E não é de se admirar: ao discutirmos os traumas, as memórias e os ecos do passado, Arruda revela um aspecto da natureza humana que, de tão complexa, comove e desarma.
A obra se encontra imersa no contexto de um Brasil que enfrenta suas próprias contradições. Publicada em 2004, remete a um período de esperanças e frustrações coletivas, um nostalgia quase palpável flutua em suas páginas. Assim como a história do nosso país, o livro nos ensina que o passado, mesmo distante, está presente em cada passo que damos. Ao explorar a pluralidade de vozes e experiências, Arruda nos convida a construir uma nova narrativa, repleta de solidariedade e compreensão.
Você terá a chance de desvendar suas próprias camadas emocionais enquanto avança. Assim, ao final de sua leitura, é impossível não sentir a pressão de um novo despertar. Prepare-se, pois suas convicções serão testadas e a permissão para a transformação é quase inevitável. Uma obra como Nem só presente nem só passado não é uma simples adição à sua estante; é um catalisador de novas percepções e uma jornada que ficará brilhando na sua memória, como uma marca indelével.
📖 Nem só presente nem só passado
✍ by Bertoldo Kruse Grande de Arruda
🧾 316 páginas
2004
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