O desatino da rapaziada
Jornalistas e escritores em Minas Gerais (1920-1970)
Humberto Werneck
RESENHA

O poder da palavra e a intensidade da história brasileira se entrelaçam de forma vibrante em O desatino da rapaziada: Jornalistas e escritores em Minas Gerais (1920-1970), uma obra que não apenas relata, mas também nos transporta para o efervescente mundo das letras em Minas Gerais. Humberto Werneck, com seu olhar perspicaz e sua prosa envolvente, nos convida a explorar a vida e as obras que moldaram o cenário literário e jornalístico desse estado, um microcosmo repleto de emoções, desafios e revoluções criativas.
Werneck não se contenta em ser um mero repórter da história. Ele é um artista da palavra, revestindo sua narrativa com nuances que vibram como as cordas de um violão mineiro na noite estrelada. Ao desdobrar as vidas de jornalistas e escritores que fermentaram uma cultura rica e apaixonada, ele nos lança em um turbilhão de emoções, desde o riso à reflexão profunda sobre os dilemas da vida e da escrita. O autor revela um panorama complexo, onde os riscos do desatino e a busca pela verdade se entrelaçam em uma dança vertiginosa.
No período entre 1920 e 1970, Minas não foi apenas um ponto geográfico; foi um verdadeiro caldeirão de ideias, experiências e, claro, desatinos. Não é à toa que essa obra se transforma em um convite imperdível para qualquer amante da literatura e do jornalismo. Werneck nos apresenta figuras icônicas que, por meio de suas palavras, deixaram marcas indeléveis na cultura nacional. É impossível não se sentir compelido a desbravar as obras de nomes como Carlos Drummond de Andrade, Adélia Prado e outros, que inspiraram gerações e continuam a ecoar nas discussões contemporâneas.
Os leitores, em sua maioria, demonstram uma admiração desmedida pelo dom de Werneck em evocar sentimentos. Muitos ressaltam a capacidade do autor de tornar o passado palpável e emocionante. "Uma verdadeira aula de história literária", comentam alguns, enquanto outros clamam: "Agora entendo melhor a alma mineira". No entanto, não faltam críticas; alguns apontam que a obra, em certos momentos, peca por romanticizar demais as figuras retratadas, acarretando uma idealização que pode obscurecer a dura realidade enfrentada por muitos escritores.
A jornada literária proposta por O desatino da rapaziada não se limita a informações cruas; é uma experiência transformadora que nos confronta com a história e o legado de uma geração. Ao folhear suas páginas, você é lançado para dentro de um tempo onde as canetas queimavam com a paixão de artistas que se rebelavam contra o conformismo. Os ecos do passado reverberam na atualidade com uma intensidade avassaladora, fazendo com que o leitor questione seu próprio papel no mundo literário e jornalístico.
A obra é mais do que uma crônica histórica: é uma reflexão sobre a força das palavras e sua capacidade de provocar mudanças. O desatino, tão bem explorado por Werneck, não é apenas uma loucura coletiva; é um chamado à ação, uma exigência de que, ao tomarmos nossas canetas e teclados, não nos contentemos em ser meros cronistas da vida alheia. O que está em jogo é a nossa própria capacidade de deixar um legado. Será que você está preparado para embarcar nessa jornada e descobrir como cada linha pode ressoar como um grito de liberdade? 🌟✨️
📖 O desatino da rapaziada: Jornalistas e escritores em Minas Gerais (1920-1970)
✍ by Humberto Werneck
🧾 231 páginas
2012
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