O eu, as relações sociais, a comida e a autoimagem
Alfredo de Morais
RESENHA

O eu, as relações sociais, a comida e a autoimagem é uma obra intensa, provocadora e essencial para aqueles que buscam entender as nuances de sua própria existência no emaranhado de relações que tecem a sociedade. Alfredo de Morais, com uma sensibilidade aguda, desnuda um tema que, embora frequentemente ignorado, bate à porta da nossa consciência: como nos vemos e como somos vistos pelos outros, especialmente à luz das interações sociais mediadas pela alimentação e pela autoimagem.
Neste livro breve, mas profundo, Morais nos conduz por uma reflexão que pode ser dolorosa e libertadora ao mesmo tempo. Cada página é um convite para que você, leitor, olhe para dentro e questione suas experiências. O autor desfila uma série de reflexões que se entrelaçam: a comida, tão íntima, mas também um reflexo do que pensamos sobre nós mesmos e, por consequência, do que os outros veem em nós. É uma dança complexa onde cada garfada pode representar uma escolha, cada prato compartilhado um elo ou um desvio nas relações que cultivamos.
Os comentários fervilhantes dos leitores revelam a polarização provocada pela obra. Muitos se sentem tocados e admirados pela coragem de abordar um tema tão delicado. Outros, no entanto, questionam se as respostas apresentadas são suficientes para a complexidade da experiência humana. Mas essa é a beleza de O eu, as relações sociais, a comida e a autoimagem: ele provoca discussões, desmantela certezas. O que ele faz é mais do que simplesmente informar; ele é uma espécie de espelho - um convite para refletir.
A riqueza deste livro não reside apenas nas palavras, mas na capacidade de fazer você sentir. Você vai perceber que, ao se aprofundar na leitura, cada conceito pode ressoar em sua vida cotidiana. A relação que temos com a comida pode ser um reflexo de inseguranças, de alegrias, de medos. E isso não é apenas uma questão filosófica; é uma realidade palpável, que se traduz em ações e pensamentos diários. O que você vê no seu prato é, muitas vezes, o que você se tornou socialmente.
O autor também insere o contexto histórico de como a alimentação e a autoestima moldaram civilizações. Pense em sociedades que glorificam a beleza física, onde a saúde muitas vezes é sacrificada em nome da estética. Essas referências fazem com que você perceba que sua luta pela autoimagem não é uma batalha individual, mas parte de uma guerra coletiva que atravessa gerações.
Ao virar a última página, é possível que uma nova realidade se forme em sua mente. Você pode sentir que a sua autoimagem, frequentemente distorcida pelas circunstâncias e pressões sociais, merece uma nova construção. Morais nos desafia a não apenas aceitar as imposições externas, mas a buscar um entendimento mais profundo de quem somos. O livro não entrega soluções fáceis; ao contrário, entrega um ponto de partida, um convite para o autoconhecimento e para a desconstrução de conceitos enraizados.
O eu, as relações sociais, a comida e a autoimagem não é uma leitura que se dissolve na superficialidade; é uma obra que vai ao fundo, que gera desconforto, e, em última análise, transformação. Se você ainda não se permitiu essa experiência, o que está esperando? Afinal, refletir sobre si mesmo é um ato de coragem que pode mudar tudo. ✨️
📖 O eu, as relações sociais, a comida e a autoimagem
✍ by Alfredo de Morais
🧾 77 páginas
2021
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