O Mário que não é de Andrade
O menino da cidade lambida pelo Igarapé Tietê
Luciana Sandroni
RESENHA

Em meio ao vibrante cenário da São Paulo contemporânea, onde as nuances das memórias se entrelaçam com a realidade pulsante, surge O Mário que não é de Andrade: O menino da cidade lambida pelo Igarapé Tietê, de Luciana Sandroni. Este livro não é apenas um relato; é um convite irresistível a uma jornada introspectiva que desafia as convenções do nosso entendimento sobre literatura e identidade.
A obra resgata a figura de Mário de Andrade, mas com um toque fresco e provocativo. Mário, o menino que conhece os meandros da cidade, é apresentado não apenas como uma entidade literária, mas como um símbolo da efervescência cultural que fervilha nas águas do Igarapé Tietê. A narrativa, rica em detalhes e sensibilidade, nos transporta para um mundo onde o passado e o presente coexistem em uma dança delicada, instigando uma reflexão sobre o que é ser brasileiro e, principalmente, ser paulista.
Luciana Sandroni, com sua prosa envolvente, dá vida a Mário de uma forma palpável, criando uma conexão instantânea com o leitor. Ao descrever as paisagens urbanas e os ecos das memórias de uma infância marcada por descobertas e sonhos, a autora nos obliga a confrontar nossa própria história e os espaços que habitamos. A autenticidade do personagem é deliciosa, suas experiências ressoam com a dor e a alegria que compõem a tapeçaria da vida urbana. 🏙
Os comentários dos leitores revelam um amplo espectro de emoções. Alguns se encantam com a habilidade da autora em retratar um São Paulo quase lírico, enquanto outros notam uma certa melancolia permeando a narrativa, refletindo a complexidade do viver na cidade. As críticas mais duras frequentemente apontam para um ritmo que, em determinados trechos, parece hesitar, mas isso acaba se tornando parte do charme da obra, como uma cidade que, às vezes, para para respirar e observar.
Mais do que um relato biográfico, esta obra é um manifesto da identidade paulista. Ela nos sacode e nos faz questionar o que realmente significa pertencer a um lugar tão palpitante e contraditório. Ao girar as páginas, é impossível não se sentir parte dessa história que se desenrola sob o olhar atento de Mário, o observador, e o próprio autor, que explora as facetas da sociedade, da arte e do amor.
Assim, O Mário que não é de Andrade nos lança um desafio: enxergar além das ruas asfaltadas e da correria diária, mergulhando nas raízes da cultura e do ser. Através da prosa de Sandroni, somos confrontados não apenas com o que já foi, mas com o que ainda pode ser. Uma obra que promete não só emocionar, mas transformar sua percepção sobre a cidade e sobre sua própria jornada. ✨️
📖 O Mário que não é de Andrade: O menino da cidade lambida pelo Igarapé Tietê
✍ by Luciana Sandroni
🧾 151 páginas
2020
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