O muro
Jean-Paul Sarte
RESENHA

O muro é um convite para a reflexão profunda sobre a liberdade e a mortalidade, duas temáticas cruciais que perpassam a obra de Jean-Paul Sartre. Este livro, uma coletânea de contos que ressoam como ecos de uma era marcada por tensões sociais e filosóficas, abala o leitor, forçando-o a confrontar sua própria existência de maneira visceral.
A narrativa se desenrola em um cenário sombrio, onde a iminente execução de um homem nos força a questionar o que realmente significa estar livre. Sartre, um dos pilares do existencialismo, transforma o medo em um personagem palpável, intimidador, que caminha ao lado do herói e do leitor, criando momentos de pura angústia e introspecção. Você não só lê os dilemas dos personagens, mas sente cada batida do coração, cada respiração tensa. Cada página é um convite para o abismo, onde a morte surge como uma inevitabilidade, e a liberdade se apresenta como um luxo cada vez mais distante.
Neste universo claustrofóbico, a prosa de Sartre é um frenesi de palavras que desafiam a lógica e o silêncio, trazendo à tona a desesperança que permeia a vida em tempos de guerra e crise. Nesse contexto, Sartre não se limita a contar uma história; ele explode uma verdade, levando o leitor a refletir sobre suas próprias correntes invisíveis. Durante a leitura, você é lançado em uma montanha-russa emocional, onde momentos de desespero se entrelaçam com lampejos de esperança.
Os comentários dos leitores são variados, e muitos expressam que a obra não é apenas um conto, mas uma experiência que transforma a maneira como se vê a vida e a morte. Alguns críticos observam que a prosa densa e filosófica pode ser uma barreira, tornando a leitura desafiadora para quem busca uma narrativa linear. Outros refletem sobre como Sartre captura a vulnerabilidade humana de forma contundente e impactante. O choque é palpável e, muitas vezes, os leitores saem da obra sentindo-se como se tivessem enfrentado seus próprios muros.
É nessa intersecção entre vida e morte que Sartre intensifica a necessidade de romper com as amarras que nos cercam. A simples leitura de O muro não é suficiente; é preciso internalizar suas lições e deixar que a obra ressoe em seu ser, desnudando as verdades que muitas vezes preferimos ignorar. A fragilidade da liberdade, tantas vezes subestimada, transforma-se em um grito por resistência e autenticidade.
Então, reflita: como você se sentiria se estivesse frente a frente com seu próprio muro? É uma pergunta que Sartre plantou e cuja resposta pode levar o leitor a uma jornada de autoconhecimento, desafiando-o a se libertar de suas próprias limitações. Esse é o verdadeiro mérito da obra! 🌌
📖 O muro
✍ by Jean-Paul Sarte
🧾 176 páginas
2015
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