O quinto postulado
Mulher, mentalidade e censura nas páginas de O Pasquim
Creuza Berg
RESENHA

O quinto postulado: mulher, mentalidade e censura nas páginas de O Pasquim é não apenas uma exploração acadêmica, mas um grito poderoso que ecoa o clamor das vozes silenciadas. Esta obra de Creuza Berg é uma viagem visceral ao coração da crítica intelectual e da luta pela liberdade feminina no Brasil, traçando paralelos entre o passado e o presente, e desnudando as cicatrizes de uma censura que muitas vezes se disfarça de prudência.
Neste livro, a autora não se contenta em ser uma mera espectadora da história. Ela mergulha de cabeça na complexidade da relação entre o jornalismo alternativo, representado pela emblemática revista O Pasquim, e as mulheres que frequentemente se viam relegadas a papéis subalternos. Berg traz à luz figuras que desafiaram normas, revelando como suas contribuições foram muitas vezes ofuscadas pelo machismo da época. As páginas da obra pulsaram como uma bateria de discurso contra o sexismo, obrigando o leitor a confrontar suas próprias percepções sobre a mulher na mídia.
A leitura é eletrizante. Você, leitor, se verá imerso em um mar de reflexões, como se estivesse de volta às ruas de um Brasil que ainda se debate com as sombras do autoritarismo. As palavras de Berg ativam um poder quase palpitante que provoca raiva e compaixão, entrelaçando histórias de resistência com uma análise crítica sobre o papel social da mulher. A narrativa flui e se contorce, entrelaçando relatos de personalidades como Wanda Engel e sua luta por reconhecimento, construindo um mosaico de bravura em meio à censura.
Os comentários e opiniões dos leitores são um verdadeiro espelho que reflete as emoções despertadas por O quinto postulado. Alguns se sentem inspirados, prontos para gritar pelos direitos que ainda estão sendo negados. Outros, mais críticos, apontam a necessidade de uma abordagem que vá além da história contada, desafiando a autora a olhar também para os novos desafios enfrentados pelas mulheres contemporâneas.
Entretanto, a obra se destaca. É um espelho que não apenas reflete, mas também distorce as verdades que preferimos ignorar. A crítica vai além da narrativa linear; Berg acerta em cheio ao conectar os pontos entre passado e presente, revelando as continuidades na luta pela liberdade de expressão e pelos direitos das mulheres. Ao final, a sensação que persiste é a de urgência - a urgência de mudar, de confrontar, de reescrever a história.
E assim, O quinto postulado não é apenas um livro; é um manifesto, uma convocação animada para quem pode transformar a realidade. Cada página é um empurrão que nos faz sair do comodismo e abraçar a luta por vozes que não podem ser silenciadas. Você já se perguntou quais vozes estão faltando na sua própria vida? As páginas de Berg exigem uma resposta. 🌪
📖 O quinto postulado: mulher, mentalidade e censura nas páginas de O Pasquim
✍ by Creuza Berg
🧾 243 páginas
2019
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