O TEMPO
MANOEL LUCENA
RESENHA

A vida é feita de instantes efêmeros, e isso nunca foi tão bem capturado quanto em O Tempo, de Manoel Lucena. Este livro, embora curtíssimo com apenas 32 páginas, explode em reflexões profundas que ressoam em nossa própria existência. Cada folha se transforma em um convite a examinar como as frações de segundos moldam nossas memórias e experiências, levando-nos a questionar o valor do agora e a inevitabilidade do que já passou.
Lucena, com sua prosa poética, tece uma tapeçaria emocional que fala diretamente ao coração. Ele não nos dá respostas, mas provoca dúvidas que nos arrastam a revisitarmos nossa própria trajetória: o que você faria se tivesse a chance de reviver momentos? O que já perdeu para o tempo? Como as lembranças se dissolvem em uma realidade que parece nos escapar como areia entre os dedos?
Os comentários dos leitores revelam um terreno fértil de emoções. Muitos falam da intensidade com que se depararam com suas próprias remissões ao passado. Para alguns, a leitura é um bálsamo; para outros, um espinho. Um leitor descreveu a experiência como um "choque com a verdade crua", enquanto outro viu suas próprias memórias surgirem com a força de um vendaval. Não há neutralidade diante das palavras de Lucena; há um envolvimento visceral que não deixa ninguém intocado.
Uma das maiores virtudes de O Tempo é sua habilidade em condensar um infinito de emoções em uma prosa que flui como um rio. Damas e cavalheiros, ao atravessar as páginas, somos desafiados a reconsiderar o que é realmente importante. O autor não se furta a questões pesadas e, em alguns momentos, chega até a cutucar nossas feridas: o que perdemos ao longo do caminho? As questões não são simples, e a leitura pode evocar tanto alívio quanto dor, levando a um questionamento profundo sobre nosso papel neste imenso palco chamada vida.
Além disso, a obra é um testemunho atemporal. É um eco no espaço onde convivemos com a pressão do dia-a-dia, onde o barulho das redes sociais pode ofuscar a simplicidade de um bom momento. Ela nos lembra que, apesar da correria, é essencial parar e apreciar a beleza do agora - um conceito tão difícil de abraçar em tempos de constante agitação.
A capacidade de Lucena de fazer com que os leitores sintam e reflitam é uma de suas marcas registradas. Ele nos apresenta não só o tempo como uma linha cronológica, mas como um fluxo contínuo, onde passado, presente e futuro se entrelaçam de maneiras que nem sempre conseguimos compreender. O resultado é uma obra que te faz querer não só lê-la, mas sentí-la profundamente.
Assim, O Tempo não é apenas um convite à introspecção; é uma injeção de realidade que transcende as páginas. Seus ecos reverberam nas vidas daqueles que se permitem mergulhar nos seus 32 parágrafos. E você? Já parou para pensar sobre o que está vivendo agora? Isso vai além de uma simples leitura; é quase uma urgência de reconexão com o que realmente importa. A reflexão não é apenas bem-vinda, é essencial. O que você está esperando para pegar essa obra e descobrir tudo o que ela pode fizer por você?
📖 O TEMPO
✍ by MANOEL LUCENA
🧾 32 páginas
2022
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