Os dois morrem no final
Adam Silvera
RESENHA

A vida é uma dança estranha, e em Os dois morrem no final, de Adam Silvera, essa dança se torna um balé em que cada passo é uma escolha, e cada escolha pode ser a última. Esta obra, que não é apenas uma narrativa, mas um verdadeiro chamado à reflexão sobre a fragilidade da vida, nos coloca diante de uma pergunta inquietante: como você viveria sabendo que o seu fim está próximo?
O enredo gira em torno de dois jovens, Mateo e Rufus, ambos recebendo a notificação de que seus dias estão contados. Essa premissa potente arrebata o leitor desde a primeira página, levando-o a questionar não apenas as escolhas dos personagens, mas também suas próprias vivências. A habilidade de Silvera em criar um mundo onde a morte é uma certeza iminente e a vida uma oportunidade fugaz faz com que cada interação entre os protagonistas seja carregada de emoção, urgência e um desejo quase palpável de viver intensamente.
Os personagens são mais do que meros eixos de uma trama; eles se tornam espelhos que refletem nossas inseguranças e nossos anseios. Através da amizade, amor e de uma conexão que transcende o tempo, Silvera nos faz sentir, como nunca antes, a importância de cada momento. As emoções são desenhadas com tanta profundidade que é impossível não se envolver e, em muitos momentos, sentir a pressão do peito como se também estivéssemos diante do nosso próprio destino.
Os comentários dos leitores são um misto de admiração e lágrimas. Muitos têm elogiado a sensibilidade com que Silvera aborda temas como a perda e a aceitação, enquanto outros apontam que a intensidade das emoções pode ser um desafio. O que importa, no entanto, é que a obra provoca uma viagem introspectiva, levando cada um de nós a refletir sobre o que realmente importa na vida. Você está disposto a viver intensamente hoje, ou vai deixar para depois?
Silvera, um autor que entende a dor e a beleza da condição humana, entrega uma narrativa que não se limita a contar uma história, mas sim a provocar uma transformação. O pano de fundo da obra - a certeza da morte - não é uma limitação, mas um impulso para a vivência do presente. O autor nos ensina que, mesmo diante da adversidade, a vida pode ser repleta de momentos extraordinários.
Aqui, a vida e a morte dançam de mãos dadas, e cada página virada é um sopro de vida que ecoa em nossos corações. Os dois morrem no final é uma obra que te instiga, uma experiência que te agarra e não te solta, obrigando-te a encarar suas próprias verdades, suas próprias escolhas e, principalmente, sua própria mortalidade. E, sim, você não pode deixar de se perguntar se está realmente vivendo. Porque, no final das contas, talvez, a morte não seja o fim, mas um recomeço.
Se você ainda não mergulhou neste universo, a oportunidade está à sua porta. A urgência de sentir, amar e viver é maior do que qualquer coisa. Prepare-se para se despir de tudo que lhe é familiar e abrir-se a um mundo onde cada segundo conta, e onde, mesmo no final, a vida continua a surpreender.
📖 Os dois morrem no final
✍ by Adam Silvera
🧾 416 páginas
2021
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