Pai, quem inventou?
Ilan Brenman
RESENHA

Pai, quem inventou? é uma obra que transcende a mera literatura infantil. Com toques de genialidade, Ilan Brenman nos convida a navegar por um universo repleto de curiosidades, onde as perguntas mais ingênuas de uma criança se transformam em reflexões profundas sobre a história da humanidade. É um livro que faz o leitor mirar para o céu e perceber que as estrelas, muito mais do que meras luzes, são fragmentos de histórias que nos conectam.
Em 32 páginas, Brenman nos provoca com a curiosidade que é tão própria das crianças. A pergunta que dá título à obra é mais do que simples; é um convite à reflexão sobre os pais, as invenções e a própria essência da criação. Aqui, cada resposta se desdobra em novas perguntas e, assim, abre a porta para um mundo de descobertas e ensinamentos. Neste cenário, a figura do pai não é apenas o provedor, mas o grande inventor, o detentor das histórias e responsavel por repassar saberes fundamentais.
Os leitores mais críticos podem argumentar que a narrativa é simples e direta demais. No entanto, esse é precisamente o charme de Pai, quem inventou?. Brenman, ao abordar temas tão complexos de forma acessível, consegue tocar o coração de quem lê, independentemente da idade. O autor, que já conquistou o público com suas obras anteriores, transforma essa simplicidade em poesia, fazendo com que até mesmo os adultos se vejam refletidos nas perguntas que costumavam fazer quando eram crianças.
Uma das grandes forças da obra é o seu potencial de aproximação entre pais e filhos. Através das indagações e o tom lúdico, é possível estabelecer diálogos que vão muito além das páginas do livro. As conversas que podem surgir a partir dessa leitura transformam-se em momentos de pura conexão familiar, algo que muitos leitores destacam como um dos principais aprendizados da obra.
Por outro lado, alguns críticos apontam que a profundidade de certos temas poderia ter sido explorada de maneira mais intensa. Seria possível abrir um leque maior sobre como as invenções moldam a sociedade? Poderíamos ter reflexões mais elaboradas sobre o papel do pai no contexto contemporâneo? Porém, ao tecer essa crítica, é essencial reconhecer que o objetivo de Brenman é, em última análise, estimular a curiosidade e não responder a todas as perguntas.
Em um mundo em constante evolução, onde tantos se esquecem da importância de questionar e explorar, Pai, quem inventou? se torna uma ferramenta indispensável. Ele nos inspira a não apenas olhar para as invenções, mas a compreender as mentes que, ao longo da história, se atreveram a sonhar e criar. Vale a pena absorver essa obra cheia de questionamentos e, quem sabe, se aventurar em novas descobertas.
Neste livro, o que importa não é apenas o que foi inventado, mas como cada invenção ressoa nas nossas vidas e na forma como nos relacionamos com o mundo. Faça uma pausa, respire fundo e se permita mergulhar nesse universo colorido. Não se surpreenda ao perceber que, ao virar a última página, você se vê também inventando novas perguntas para a sua própria história.
📖 Pai, quem inventou?
✍ by Ilan Brenman
🧾 32 páginas
2021
E você? O que acha deste livro? Comente!
#pai #quem #inventou #ilan #brenman #IlanBrenman