Pais ausentes, filhos negligentes?
Maria de Nazaré Batista Burger
RESENHA

O elo entre pais e filhos é uma das mais poderosas dinâmicas da vida humana, capaz de moldar destinos e esculpir personalidades. Em Pais ausentes, filhos negligentes?, Maria de Nazaré Batista Burger lança um olhar penetrante sobre essa temática, provocando reflexões profundas que ecoam em cada página.
A autora, com uma escrita envolvente e provocativa, enfrenta um universo onde a ausência dos pais não é apenas uma realidade, mas também um reflexo das responsabilidades que são, muitas vezes, negligenciadas. A obra se transforma em um convite para revisitar as relações familiares e questionar a verdadeira importância da presença e do afeto. É uma leitura que incita a reflexão sobre como a ausência pode gerar não apenas afastamento, mas também comportamentos que marcam a trajetória das novas gerações. 🌪
Os comentários de leitores revelam a polarização que a obra provoca. Alguns destacam como o livro traz à tona experiências universais e, muitas vezes, dolorosas, enquanto outros criticam a abordagem direta e incisiva de Burger. O que fica claro é que a escritora não teme cutucar feridas, e isso ressoa profundamente naqueles que já sofreram na pele as consequências de laços familiares perdidos. São desabafos de pais, filhos e até avós, que veem nas páginas de Burger um reflexo de suas vidas.
À medida que a leitura avança, sente-se a urgência da mensagem: somos produtos do ambiente em que vivemos, e a ausência pode transformar-se em negligência, perpetuando ciclos que são difíceis de quebrar. Em um momento em que as relações pessoais estão cada vez mais mediadas pela tecnologia, Burger provoca uma questão fulcral: a presença física é suficiente para que haja conexão emocional?
É impossível ler Pais ausentes, filhos negligentes? sem ser tocado. A emoção é densa, palpável, quase como se as palavras da autora fossem gritos silenciados em um cômodo escuro. A reflexão que suscita é poderosa e, em muitos casos, dolorosa: quantos filhos sentem-se só, mesmo cercados por pessoas? Quantos pais não percebem que sua ausência está gerando um abismo na relação familiar?
Para aqueles que já se questionaram sobre a própria relação com seus familiares, este livro é um chamado à ação. Ele não apenas instiga a pensar, mas também a sentir a urgência da conexão. A sensação de que não estamos sozinhos é uma resposta terapêutica que vem com a leitura, permitindo que o leitor encontre consolo na compreensão de que a luta pela presença e pela conexão é uma batalha compartilhada por muitos.
Diante de tudo isso, Pais ausentes, filhos negligentes? se revela mais do que uma simples leitura; é um grito por mudança e por esperança de reencontro. A obra, com suas críticas e reflexões profundas, nos obriga a olhar para dentro e entender que, se somos as testemunhas de uma geração negligente, é nosso dever romper esses ciclos e buscar a verdadeira presença nas relações que construímos. É um convite irresistível a se aprofundar, amar e se reconectar. 💔✨️
📖 Pais ausentes, filhos negligentes?
✍ by Maria de Nazaré Batista Burger
🧾 87 páginas
2022
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