Poeta do Lápis
Sátira e Política na Trajetória de Angelo Agostini no Brasil Imperial (1864 - 1888)
Marcelo Balaban
RESENHA

Poeta do Lápis: Sátira e Política na Trajetória de Angelo Agostini no Brasil Imperial (1864 - 1888) é um convite a explorar um Brasil que, por séculos, se alimentou de riso e crítica como formas de resistência. Marcelo Balaban nos presenteia com uma obra que é um verdadeiro banquete de inteligência, onde a sátira não é mero entretenimento, mas a lâmina afiada que furava o véu da hipocrisia de uma sociedade imperial.
Neste livro, a figura de Angelo Agostini não é apenas a de um artista que risca o papel, mas um verdadeiro gladiador da política. Ele desfilava com seu lápis em punho, esboçando caricaturas que atravessavam os limites do aceitável. Suas criações eram como bombas de efeito moral, que não apenas provocavam gargalhadas, mas também um soco no estômago da elite da época. Cada traço, cada riso escondido nas sombras da crítica, convida você a refletir sobre a situação do Brasil no século XIX, onde a luta por liberdade e expressão era ardente.
Os que se aventuram nesta leitura serão tragados por um turbilhão de emoções. Você rirá, se indignará, e, ao final, talvez perceba que a sátira de Agostini ainda ecoa em palanques modernos, uma lembrança de que o humor e a crítica se entrelaçam de maneira interminável. Os leitores falam sobre como Balaban capta a essência dessa era, revelando que, por trás de cada caricatura, há uma história de luta, resistência e, sobretudo, uma revelação sobre a natureza humana.
Muitos se emocionam ao perceber que a arte de Agostini foi uma forma de resistência em tempos obscuros. "Um espelho do nosso cotidiano", afirma um leitor. "Uma crítica que não se apega apenas ao passado, mas nos faz enxergar o presente", diz outro. Outras opiniões, mais ruidosas, se dividem, questionando se a abordagem do autor não carrega peso demais. A verdade é que Balaban desafia o leitor a não se acomodar, a não aceitar passivamente a história que lhe é contada.
Ao longo da obra, a jornada de Agostini se entrelaça com eventos históricos cruciais da época, como a luta pela República e a abolição da escravatura. O leitor não apenas se delicia com as caricaturas, mas mergulha em um contexto que ressoa com a luta atual por direitos e liberdades. Agostini se transformou em precursor do que seria a opinião pública armada de humor, e você não pode deixar de se perguntar: será que a sátira é a última linha de defesa contra a tirania?
Poeta do Lápis não é apenas uma leitura; é um chamado à ação. Uma viagem pelo tempo que ilumina não apenas o passado, mas o presente, lembrando-nos de que ainda precisamos de vozes audazes para nos guiar em tempos obscuros. As páginas deste livro não são apenas palavras; elas são um convite inolvidável a repensar, a rir e, acima de tudo, a lutar. 🖋✨️
📖 Poeta do Lápis: Sátira e Política na Trajetória de Angelo Agostini no Brasil Imperial (1864 - 1888)
✍ by Marcelo Balaban
🧾 472 páginas
2008
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