QUANDO EU ERA PEQUENA
Adélia Prado
RESENHA

Uma jornada de volta à infância entrelaçada com a sensibilidade e a profundidade de Adélia Prado aguarda aqueles que abrirem as páginas de Quando eu era pequena. Nesta obra, somos apresentados a um universo que não apenas remete à infância, mas também revela o caleidoscópio de sentimentos e memórias que moldam nossa essência. As palavras de Adélia, luminosas e delicadas, nos transportam para um tempo em que as pequenas coisas eram grandes aventuras e as emoções, puras e intensas.
Nessa narrativa poética, a autora nos brinda com reflexões que reverberam no íntimo de quem já foi criança. Seu estilo é uma dança entre o sutil e o voraz, onde cada verso sussurra segredos e rimas que ecoam no coração. Os leitores são convocados a revisitar sua própria infância, a sentir a doçura das memórias, mas também a amargura que pode vir com o crescimento e a perda da inocência. As páginas são uma ponte entre o passado e o presente, onde cada linha é um convite para compassos de reflexão, nostalgia e, por que não, um turbilhão de emoções à flor da pele.
Entretanto, o que faz dessa obra um verdadeiro ícone emocional? É a capacidade de Adélia em transitar entre as alegrias simples e as complexidades do ser humano. Ao relembrar os dias em que éramos pequenos, a autora provoca uma introspecção que traz à tona questionamentos sobre nossa identidade e o que nos tornamos. Através de sua escrita franca e visceral, ela nos obrigam a nos desvencilhar do mundano e abraçar o extraordinário que reside no cotidiano.
Os leitores têm se mostrado arrebatados por essa obra. Comentários fervorosos têm se espalhado, mostrando a conexão profunda que muitos sentem. Alguns se emocionam ao reconhecer em seus próprios filhos as mesmas travessuras e curiosidades que viveram, enquanto outros refletem sobre as lições que a vida implacável nos ensinou ao longo dos anos. Críticos, por outro lado, às vezes se deparam com a simplicidade da narrativa como um desafio, questionando se a profundidade de Adélia se perde em meio às delícias sutis da infância. Mas, mesmo assim, a maioria se rende ao encanto e à beleza da prosa que evoca um amor quase esmagador pela vida.
Assim, ao folhear Quando eu era pequena, não apenas nos deparamos com lembranças próprias, mas também somos confrontados com a complexidade do crescimento e a inevitabilidade do tempo. Aqui, Adélia Prado torna-se uma contadora de histórias e uma telúrica professora, revelando que em cada olhar ingênuo, reside um universo inteiro - nosso passado.
Em resumo, mergulhar nas páginas desta obra é uma experiência transformadora. Através do olhar de uma criança, somos convidados a redescobrir o valor do simples, a beleza do efêmero e a amizade que forjamos com as memórias. Que ao ler Quando eu era pequena, você não apenas vislumbre sua infância, mas que também encontre uma nova forma de amar o que é, e sempre será, inestimável: a essência da vida. 💖✨️
📖 QUANDO EU ERA PEQUENA
✍ by Adélia Prado
🧾 32 páginas
2006
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