Quando fui morto em Cuba
Roberto Drummond
RESENHA

Em um mundo onde os limites entre a vida e a morte se desfazem como névoa ao amanhecer, Quando fui morto em Cuba, de Roberto Drummond, é um convite irresistível a uma viagem alucinatória por um universo repleto de sentimentos, reflexões e, principalmente, questionamentos sobre a própria existência. A obra é um momento singular, uma explosão de emoções que ressoam nos corações e mentes dos leitores como um trovão incontrolável. ⚡️
Drummond, com sua prosa incisiva e envolvente, leva o leitor a um profundo mergulho introspectivo. Ele nos apresenta um protagonista que, após ser "morto", percorre as ruas de Cuba, uma terra vibrante e cheia de vida, mas ao mesmo tempo marcada por um passado sombrio e complexo. A narrativa é um labirinto onde cada esquina nos surpreende com novas revelações, fazendo-nos questionar a própria natureza da realidade. O autor captura a essência da cultura cubana, desde suas cores vibrantes até a melancolia que permeia cada esquina, criando uma ambientação que quase se transforma em um personagem à parte.
Os leitores podem testemunhar como a obra provoca a visceralidade das emoções humanas. Alguns se sentem seduzidos e encantados, enquanto outros se vêem desafiados e até mesmo ofendidos pela crueza de algumas passagens. Há uma reação quase primitiva, que remete a um desejo de explorar o que realmente significa estar vivo. As críticas não demoram a surgir: muitos exaltam a capacidade de Drummond em conectar a literatura ao cotidiano, enquanto outros questionam a fluidez da narrativa, apontando para momentos em que a realidade e a fantasia se confundem em um emaranhado difícil de seguir.
Mas é justamente aí que reside a mágica da obra! Drummond não se preocupa em fornecer respostas fáceis. Sua escrita é um constante desafio ao leitor, obrigando-o a mergulhar em suas próprias experiências e a tirar suas próprias conclusões. As emoções afloram, e a angustiante reflexão sobre a vida e a morte se torna uma realidade palpável. 💭
Ao longo da leitura, você se vê pensando: "E se eu também estivesse morto? O que seria de mim neste lugar?" Essa habilidade de Drummond de instigar tais reflexões é um dos grandes trunfos desta obra. O autor, que sempre ousou desafiar os limites da literatura brasileira, mostra mais uma vez que a escrita pode ser um poderoso instrumento de transformação pessoal e social.
Se você busca uma leitura que não apenas entretenha, mas que também promova uma verdadeira autocrítica e um choque de realidade, não há como escapar. Quando fui morto em Cuba é uma viagem que vai muito além do papel; é um chamado à reflexão, uma provocação à sua própria essência. A magia se encontra nos detalhes, nas entrelinhas e nas imagens vívidas que Drummond habilmente tece.
Reflita, sinta, viva a experiência. E lembre-se: ao ler esta obra, você não está apenas devorando palavras, mas se desnudando diante de si mesmo e da complexidade de ser humano. O medo, a raiva, a tristeza e a alegria estão todos ali, pulsando, esperando para serem descobertos e compreendidos. Não perca a chance de encarar a sua própria mortalidade de frente. A vida é efêmera, e cada página é um pedacinho dela. 🍃
📖 Quando fui morto em Cuba
✍ by Roberto Drummond
🧾 208 páginas
2011
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