Que Médicos Queremos?
Uma Abordagem a Partir de Edmund D. Pellegrino
Jorge Cruz
RESENHA

A pergunta central da obra de Jorge Cruz, Que Médicos Queremos?: uma Abordagem a Partir de Edmund D. Pellegrino, reverbera muito além da mera escolha profissional. É quase um clamor, uma busca ardente por ética e humanização na medicina. A obra é um convite a cada um de nós - leitores, pacientes e aspirantes a médicos - a refletir. O que esperamos dos profissionais que lidam com nossas vidas, com nossas fragilidades e esperanças?
Edmund D. Pellegrino, ícone da bioética e defensor da medicina centrada no paciente, influencia profundamente as discussões travadas ao longo das páginas. As ideias de Pellegrino são como um farol nesse mar tempestuoso de dúvidas éticas e desafios diários que os médicos enfrentam. Ele propõe uma prática médica que transcende o conhecimento técnico; é uma arte que exige amor, compaixão e um inabalável compromisso com a dignidade humana. 🌟
Cruz não se limita a expor teorias; ele nos convida a sentir, a vivenciar a ética médica. Reflexões sobre humanização na saúde ganham voz em cada capítulo, desafiando preconceitos e resgatando a essência da medicina: a relação entre médico e paciente. Como este relacionamento se constrói? Que tipo de médico emerge nesse contexto de desumanização crescente e tecnologias que afastam o olhar humano?
Os comentários dos leitores pincelam emoções variadas - alguns exaltam a clareza e profundidade das reflexões, enquanto outros criticam a falta de soluções práticas diante de problemas tão complexos. É essa polêmica que torna a discussão ainda mais vibrante. Em uma pesquisa realizada, muitos ressaltam que a profundidade da obra revela um abismo entre esperar algo e agir para transformar isso em realidade. A frustração de muitos diante da burocracia e da deshumanização nos sistemas de saúde é palpável, e Cruz capta isso com precisão cirúrgica.
A relevância do tema não se limita ao contexto brasileiro; na verdade, é um dilema global que se intensifica a cada dia. À medida que nos deparamos com a frieza de diagnósticos e a rapidez da tecnologia, a obra ressoa como um grito de alerta para que nunca deixemos de lado o que nos torna humanos. O médico do futuro, segundo Cruz, deve ser alguém que não apenas cure, mas que se preocupe com o ser humano que está diante dele.
Refletir sobre Que Médicos Queremos? é entrar em contato com nossas próprias esperanças e medos na hora de buscar ajuda. O médico ideal que Cruz e Pellegrino idealizam não é uma miragem; ao contrário, é uma meta que todos podemos perseguir, cada um à sua maneira. Uma história que se desenrola de ideias, propondo mudanças não apenas na prática médica, mas na própria concepção que temos do cuidado.
Por fim, perguntar-se sobre o médico que queremos escolher é, na verdade, perguntar-se que tipo de sociedade almejamos criar. É uma reflexão que deve ressoar em nosso cotidiano e nos lembrar que, na essência, a medicina é mais que uma profissão; é uma missão. E cada leitor, após essa jornada literária, pode sentir a urgência de se tornar não apenas um observador, mas um agente ativo nessa transformação vital! 💥
📖 Que Médicos Queremos?: uma Abordagem a Partir de Edmund D. Pellegrino
✍ by Jorge Cruz
🧾 176 páginas
2011
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