Quem é bom já nasce feito
Sanitarismo e eugenia no Brasil
André Mota
RESENHA

Quem é bom já nasce feito: Sanitarismo e eugenia no Brasil é um convite imperativo à reflexão sobre temas que reverberam até os dias de hoje, estilhaçando a bolha de complacência que muitas vezes nos envolve. André Mota, com seu olhar crítico e apurado, mergulha nas entranhas do sanitarismo e da eugenia que moldaram a sociedade brasileira, e o faz de maneira tão visceral que você se sente arrastado para um labirinto de emoções perturbadoras e revelações explosivas.
Esse não é apenas um livro; é um manifesto que nos obriga a confrontar verdades incômodas. Desde o modo como a saúde pública foi utilizada como uma arma de controle social até os ecos alarmantes das ideias eugênicas que ainda sussurram em alguns cantos do debate contemporâneo, Mota não se furta a expor a hipocrisia, a dor e os riscos que essas ideologias acarretam. Ao ler, você será levado a questionar: Quem decide o que é "bom" ou "ruim"? E, mais angustiante, quem compõe essa "elite" que se arroga o direito de julgar?
O sanitarismo, muitas vezes tratado como um ato de benevolência, se revela na obra como uma ferramenta de exclusão e opressão. O autor transporta o leitor para uma era onde cor e classe não eram apenas características sociais, mas barreiras que delimitavam a vida ou a morte. Inevitavelmente, você se vê diante de dilemas morais que provocam calafrios, pois, ao final das contas, a história está repleta de verdades ignoradas que ainda têm poder sobre o presente.
Os comentários sobre a obra são intensos: fãs elogiam a coragem com que Mota aborda esses assuntos delicados, enquanto críticos questionam a abordagem do autor por considerá-la excessivamente provocativa. Mas, honestamente, quem precisa de delicadeza quando se trata de desvelar os horrores da história? O livro é um portal que o transporta para um passado que se recusa a ser esquecido, onde cada página desenterra não apenas o que fomos, mas o que, se não tivermos cuidado, podemos voltar a nos tornar.
A combinação de insights acadêmicos com uma prosa envolvente faz deste trabalho um verdadeiro divisor de águas. Você não só lê; você sente, debate e, acima de tudo, é desafiado a agir. A obra não deixa espaço para complacência. É um grito que ecoa nos becos da história brasileira, exigindo que você, leitor, não apenas ouça, mas reaja.
Portanto, ao encerrar esta leitura, você não poderá simplesmente fechá-la e seguir em frente. Quem é bom já nasce feito pode ser o ponto de partida de uma nova visão crítica sobre saúde, raça e políticas públicas. A provocação é clara: a história não se repete? Prepare-se para ser confrontado com a responsabilidade de mudar essa narrativa. 🔥
📖 Quem é bom já nasce feito: Sanitarismo e eugenia no Brasil
✍ by André Mota
🧾 120 páginas
2003
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