"se a carapuça serviu."
A cultura das indiretas e a violência simbólica no facebook
Letícia Ribeiro Schinestsck
RESENHA

A vida nas redes sociais se tornou um campo de batalha onde palavras e silêncios geram impactos profundos e muitas vezes devastadores. Em meio a esse panorama digital, surge "se a carapuça serviu.": a cultura das indiretas e a violência simbólica no facebook, uma obra corajosa da pesquisadora Letícia Ribeiro Schinestsck que não se intimida diante do tempo de efemeridade das interações online. As inquietações e as nuances que permeiam os laços e os embates nas redes sociais são dissecadas com precisão cirúrgica, e mais do que isso, o leitor é convocado a refletir sobre o papel de cada um nesse jogo de indiretas.
Neste livro, Schinestsck esclarece que a cultura das indiretas não se resume a uma simples malícia; ela é um reflexo das violências simbólicas que permeiam a sociedade contemporânea. Através de uma linguagem acessível, a autora tece uma narrativa que provoca empatia e indignação. Ao abordar os comportamentos que emergem em grupos online, você perceberá como as palavras escolhidas vindas da tela podem ferir mais do que um golpe físico. É um convite a mergulhar em questões relacionadas à identidade, à alteridade e à construção de realidades sociais que, no fundo, falam sobre nós mesmos e a nossa relação com o outro.
Os comentários e opiniões de leitores revelam não apenas um reconhecimento da profundidade da análise, mas também um confronto direto com suas próprias práticas nas redes sociais. Muitos se surpreenderam ao notar que estavam, de alguma forma, alimentando essa cultura hostil, enquanto outros confundem a obra com uma crítica puramente moralista. A verdade é que Schinestsck nos desafia a olhar para dentro, a reconhecer a violência que está muitas vezes oculta sob a fachada do humor e do sarcasmo. 💬✨️
Mas vamos ser claros: a violência simbólica tem efeitos devastadores. O desdém pelo que é dito em forma de indireta reverbera em dinâmicas de grupo, acirras conflitos e, em muitos casos, perpetua a solidão individual em meio a um mar de conexões digitais. Como você pode notar, a obra explode em um debate que transcende as páginas. O sentimento é de urgência, uma necessidade de mudança de mentalidade, uma saída dessa bolha sufocante de negatividade e desconfiança.
Em tempos de polarização e ataques cibernéticos, é imprescindível que você se aprofunde nas reflexões geradas por "se a carapuça serviu.". A busca por autoconhecimento e pelo entendimento da luta alheia se faz vital, pois quanto mais conscientes formos de nossas ações e omissões, mais poderemos contribuir para um espaço virtual mais saudável. 🕊
Nesta obra, você não encontrará respostas fáceis, mas um convite para questionar suas próprias práticas e a realidade que se constrói ao seu redor. Ao final da leitura, a sensação é de libertação. Libertação das amarras invisíveis da violência simbólica; um chamado a refazermos nossas relações, tanto online quanto offline. É hora de encarar a verdade: a carapuça pode servir, e, se servir, que sirva para um novo começo.
📖 "se a carapuça serviu.": a cultura das indiretas e a violência simbólica no facebook
✍ by Letícia Ribeiro Schinestsck
🧾 275 páginas
2018
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