Se eu não me chamasse Raimundo
Ricardo Filho
RESENHA

No âmago da literatura infantojuvenil, Se eu não me chamasse Raimundo, de Ricardo Filho, surge como um sopro de leveza e reflexão em uma prosa acessível. Nas 32 páginas que compõem esta obra, somos apresentados a um universo de possibilidades infinitas, onde a identidade e a autodefinção se tornam o cerne da narrativa. É através da jornada de um garoto que nos questionamos sobre os nomes que carregamos e o que realmente eles significam para nós.
A trama nos transporta para o mundo do protagonista, que, ciente de suas inseguranças e peculiaridades, anseia por um nome que reflita suas verdadeiras aspirações. Ao longo da narrativa, as páginas se desdobram em uma dança de sonhos e anseios, trazendo à tona a importância de se sentir pertencente ao seu próprio nome. Esses anseios, que são universais, ressoam fortemente com qualquer leitor que já se sentiu deslocado ou à margem.
Ricardo Filho, com sua habilidade de captar a essência da infância, consegue provocar risos e reflexões profundas. O autor não se limita a apresentar um texto simples: ele instiga o leitor a uma autoanálise. O leitor é obrigado a confrontar sua própria identidade e, quem sabe, o nome que sempre carregou como um peso nas costas. Um tema tão potente quanto necessário em tempos em que etiquetas e rótulos moldam a nossa existência.
Os comentários dos leitores não poupam elogios ao livro, destacando sua capacidade de tratar de questões tão profundas de uma forma leve e cativante. Em meio a críticas também existem discordâncias, onde alguns afirmam que a obra é "simplista demais" para os tempos atuais. Contudo, essa simplicidade é também o que a torna acessível e impactante, especialmente para o público jovem, em busca de respostas sobre sua própria identidade.
Mas não se engane: as páginas de Se eu não me chamasse Raimundo não são apenas um espaço de identificação, mas também uma porta aberta a um mundo de imaginação. O leitor é convidado a sonhar com novos epítetos, a traçar novos caminhos e a se ver através dos olhos do protagonista. Essa experiência empática é um divisor de águas, capaz de gerar transformações internas que reverberam além da leitura.
É desafiador não se deixar tocar pela beleza da obra e, ao final, surge uma certeza: cada um de nós já ponderou sobre a carga que carrega em seu próprio nome. Essa reflexão é um convite não só à leitura, mas a um diálogo interior. E você? O que seu nome diz sobre você? O que você se tornaria com um simples toque na sua identidade? 💫 Essa é a trilha que Ricardo Filho nos convida a explorar, e a resposta pode ser mais impressionante do que você imagina.
📖 Se eu não me chamasse Raimundo
✍ by Ricardo Filho
🧾 32 páginas
2013
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