Sim, não, quem sabe
Becky Albertalli; Aisha Saeed
RESENHA

No vibrante entrelaçar de vozes, Sim, não, quem sabe emerge como um manifesto das dúvidas e incertezas que permeiam a adolescência. Ao longo das 368 páginas, Becky Albertalli e Aisha Saeed nos levam a uma jornada emocional onde a busca por identidade se desdobra em uma tapeçaria rica de experiências e escolhas.
Neste livro, dois protagonistas, nascidos em universos distintos, encontram-se em um cenário que ressoa com a realidade de muitos jovens. Kayla, uma garota que luta para se afirmar e ser ouvida, e o acolhedor e misterioso fanzineiro de histórias em quadrinhos que a convoca a questionar suas verdades. A força das páginas pulsa com a intensidade dos dilemas juvenis - a pressão da aceitação, o medo do julgamento e a desesperada busca pelo amor e pertencimento. É como se cada palavra estivesse pintada em letras garrafais, gritando o que muitos sentem, mas poucos têm coragem de expor.
A obra não é apenas uma história sobre amizade e autoaceitação; é um espelho que reflete sociedades que ainda hesitam em acolher a diversidade. Aqui, temas como amizade, empoderamento e o desejo de ser amado são entrelaçados, criando um espaço para a reflexão e conexão. Albertalli e Saeed não se furtam a abordar as nuances do amor - aquele que é vibrante e pulsante, mas também complexo e por vezes doloroso.
As opiniões dos leitores revelam que Sim, não, quem sabe gera um misto de amor e contestações. Muitos celebram a forma como a narrativa captura a essência do jovem moderno. Outros, no entanto, apontam que a simplicidade da trama pode deixar a desejar. E é aí que reside a beleza: a obra é um convite ao debate, à discussão e à união de visões distintas.
Ao longo de suas páginas, somos confrontados com questões que nos obrigam a refletir: o que realmente significa ser quem você é em um mundo que constantemente tenta te moldar? Através da dinâmica entre os protagonistas, somos levados a rir, chorar e, principalmente, a ressignificar nossas relações.
Você pode se encontrar em Kayla, onde suas inseguranças ecoam as suas. Ou talvez no misterioso fanzineiro, que enfrenta suas próprias sombras enquanto busca um espaço seguro para se expressar. Sim, não, quem sabe é uma obra que explode os moldes da escrita juvenil, desafiando o leitor a mergulhar de cabeça na confusão e beleza da adolescência.
A prosa é leve, mas carregada de significados profundos. A cada capítulo, você vai se perguntando: "E se fosse eu?". Não se trata apenas de uma leitura agradável, mas de uma experiência que transforma, que questiona e que, acima de tudo, incentiva a empatia e o acolhimento das diferenças.
Portanto, a proposta é clara: abrace as incertezas. Algumas respostas podem não vir, mas cada página lida te impulsiona a buscar as suas próprias. Abrace a montanha-russa emocional que Sim, não, quem sabe proporciona e permita-se descobrir que, no final, é através da dúvida que encontramos o caminho para a verdadeira autenticidade. 🌟
📖 Sim, não, quem sabe
✍ by Becky Albertalli; Aisha Saeed
🧾 368 páginas
2021
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