Zigue-Zague
Ensaios reunidos (1977-2016)
Ricardo Benzaquén de Araújo
RESENHA

Zigue-Zague: Ensaios reunidos (1977-2016) não é apenas uma coletânea de textos; é um convite visceral a uma jornada intelectual que atravessa o tempo e as complexas realidades do Brasil. Ricardo Benzaquén de Araújo, o autor que soube transformar palavras em provocações, nos entrega 448 páginas de reflexões que desafiam o nosso olhar sobre a literatura, a arte e o cotidiano, entrelaçando-os em um zigue-zague de ideias que podem fazer qualquer um questionar suas certezas.
A obra, composta por ensaios que vão de 1977 a 2016, é uma janela aberta para as metamorfoses culturais e sociais que moldaram nosso país. Benzaquén não se limita a teorizar; ele mergulha na história, no político e no poético, como um artista que mistura tintas para criar não apenas um quadro, mas uma experiência de vida. A pluralidade dos ensaios é, por si só, uma demonstração do zigue-zague da nossa própria existência - cheia de altos e baixos, inseguranças e revelações.
Ao que tudo indica, a profundidade de seus textos reverbera em cada leitor, despertando uma gama de emoções que vão da nostalgia à indignação. Nos comentários deixados na internet, não faltam pessoas que se sentem tocadas pela maneira com que Araújo expõe suas ideias. Alguns afirmam que suas palavras têm o poder de iluminar as sombras da ignorância, enquanto outros se mostram céticos, questionando a aplicabilidade de certas reflexões na realidade atual. Aqui está o cerne da obra: ela provoca. 🌀 Você se vê diante de um espelho, onde seu próprio pensamento é desafiado e exposto.
O contexto de cada ensaio também é fascinante. Nos anos 70, um Brasil em transição política e social reverberava em cada letra escrita por Araújo. É impossível não pensar nos ecos da Ditadura Militar, nas vozes silenciadas e nas vidas transformadas pela luta por liberdade. Sentir a pulsação dessa época, enquanto se lê suas análises, é um convite a repensar a trajetória do Brasil, mas também a sua própria trajetória. O autor nos instiga a lidar com a ambivalência da história, e uma pergunta ecoa: até onde estamos dispostos a ir para defender o que acreditamos?
A experiência de leitura de Zigue-Zague é, assim, uma montanha-russa emocional. Você pode se sentir eufórico, ao sentir a beleza da prosa de Araújo, ou angustiado com a realidade nua e crua que ele revela. Suas palavras dançam em sua mente, como uma maratona que não acaba, e quando você pensa que já chegou ao fim, um novo ensaio surge, desafiando e expandindo seus horizontes.
E não se esqueça: há um legado nesse livro que vai além do papel. Muitos dos que se depararam com seus textos se tornaram influentes pensadores, acadêmicos e ativistas que, de alguma forma, puderam transformar a sociedade com a consciência despertada por suas ideias. Isso não é apenas um consenso, mas uma afirmação viva nas vozes que ecoam por aí. Você pode ser parte disso, se abrir a mente para essas lições.
No apogeu da sua leitura, você sairá desse zigue-zague reflexivo com mais perguntas do que respostas. Com os sentimentos à flor da pele, a necessidade de ação se tornará quase palpável. Essa coletânea não é uma simples leitura, mas uma experiência existencial que toca em questões fundamentais. Ao concluir, o que fica é um desejo incontrolável de agir, de mudar e de entender que, assim como na obra de Benzaquén, a vida é uma dança contínua entre o caos e a beleza. 🌌
📖 Zigue-Zague: Ensaios reunidos (1977-2016)
✍ by Ricardo Benzaquén de Araújo
🧾 448 páginas
2018
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